Inacreditável, mas "perfeitamente normal" na "palhaçada" que é, neste momento, esta espécie de país: a Inspecção-Geral das Actividades Culturais respondeu por fim ao mail, fax e telefonema do Maestro Paulo Caetano quando já passavam alguns minutos das cinco horas da tarde.
Indeferiu a solicitação requerida para que o cavaleiro Manuel Vacas de Carvalho (praticante) fosse o "substituto" (em caso de acidente) de João Moura Caetano na corrida de domingo em Monforte, onde o toureiro enfrenta sózinho seis toiros; e manteve a "interdição" ao público nos sectores de sombra na praça de toiros, por considerar que as bancadas são "demasiado íngremes"... isto é, só pode ir público para o sol...
É de gritos, isto!
Primeiro: este ano, já houve dois precedentes, melhor explicando, duas autorizações especiais da mesmíssima IGAC, para que cavaleiros praticantes (Salgueiro da Costa e João Maria Branco) substituissem cavaleiros profissionais em corridas (respectivamente, Bastinhas e Tito Semedo). Neste caso de Monforte, Vacas de Carvalho foi proibido de ser sobressalente na "encerrona" de Moura Caetano. Dois pesos e duas medidas de um orgão governamental que só tem "atrasado" e prejudicado a Festa Brava...
Segundo: na anterior corrida de reabertura da praça de Monforte, os sectores de sombra estiveram cheios e "ninguém morreu". O director de corrida Agostinho Borges foi "brindado" com um "processo disciplinar" por ter autorizado a presença de público nesses sectores "interditados"...
Muita polémica promete ainda dar que falar na corrida do próximo domingo em Monforte...
