Possidónio Matias, empresário tauromáquico e também apoderado de sua filha, a cavaleira Sónia Matias, recusou-se a fazer comentários ao extenso comunicado dos Forcados Amadores de Portalegre, subscrito pelo cabo Francisco Paralta e que na última semana o acusava de ter retirado este grupo da corrida que sábado se realizou em Elvas (a cuja organização estaria ligado e que se efectuou a favor dos Bombeiros locais) por o mesmo "se haver recusado a vender bilhetes" para uma outra tourada que organizou na localidade alentejana de Mora.
Ontem, na praça do Campo Pequeno, Possidónio Matias disse ao "Farpas": "Esse comunicado contém muitas mentiras e não fiz, nem faço, quaisquer comentários por entender que não devo alimentar polémicas de miúdos. Venha o primeiro a acusar-me de não ter pago alguma vez aos intervenientes, sejam eles toureiros ou forcados ou outros, nos espectáculos que tenho organizado! Venha o primeiro grupo de forcados a acusar-me de, alguma vez, ter exigido que vendessem bilhetes para que corrida fosse! A Festa está como está por causa de criancices como esta...".
Os Forcados de Portalegre estiveram, na verdade, anunciados nos primeiros cartazes da corrida de sábado passado em Elvas e assim se mantiveram nos bilhetes impressos e que foram vendidos. Em seu lugar, pegou o Grupo de S. Manços.
Por esse facto, o presidente da Associação Nacional de Grupos de Forcados, José Fernando Potier, anunciou segunda-feira aos microfones da Rádio Portalegre, no programa "3 Tércios", que o caso vai ser investigado e levado "até às últimas consequências", como sucedeu em ocasiões anteriores com semelhantes ocorrências.
Foto M. Alvarenga/Arquivo