quarta-feira, 12 de março de 2014

"Magnífica!": empresário Cutiño faz balanço da Feira de Olivença

"A segunda faena de 'El Juli' no sábado foi das coisas mais importantes que vi numa
praça de toiros"
, considera o empresário José Cutiño
Ginés Marín "deixou o escalafón de novilheiros de patas arriba", refere Cutiño.
A nova estrela do toureio da Extremadura toureia ao lado das Figuras no próximo
dia 12 de Abril no festival que se vai realizar na Monumental de Badajoz

"Magnífica" - foi assim que o empresário José Cutiño (na foto ao lado, com Miguel Alvarenga) classificou a Feira de Olivença, que decorreu no último fim-de-semana e uma vez mais teve fortíssima presença de aficionados portugueses. Em entrevista ao site espanhol "burladero.es", Cutiño - que gere há 23 anos a praça fronteiriça de Olivença em sociedade com Joaquín Domínguez - refere que se tratou de "uma feira com muitos detalhes" e destaca o êxito das duas novilhadas, "que foram o escaparate de novos toureiros com coisas para dizer", realçando ainda que "ambas foram televisionadas, estiveram quase cheias e tiveram a participação de cinco novilheiros da terra, com o golpe de mesa de Ginés Marín, que pôs o esclafón de novilheiros de patas arriba".
"Faz falta renovar o escalafón e Olivença também apostou, há muitos anos, nos jovens, procurando ser o escaparate dos novilheiros", afirma Cutiño.
Sobre as duas corridas de toiros, José Cutiño realça "o espectáculo" que constituiu a primeira e destaca o enorme triunfo de "El Juli" - "Foi das coisas mais importantes que vi numa praça de toiros, a sua segunda faena é de livro" -  congratulando-se pela presença em Olivença de 80 mil visitantes. "Foi uma feira muito boa e neste ano isso constitui um brinde ao optimismo que nasce da ilusão", conclui o empresário.
Lamentou o insucesso da última corrida, mas destacou que "Ponce, Morante e Talavante estiveram bem por cima dos toiros de Juan Pedro Domecq".
"Mantivemos o número de abonos de há muitos anos, no sábado ficou gente na rua, muita gente mesmo, sem lugar na praça e gratifica-nos que no último dia, à saída da praça, no final da última corrida, já ter havido muita gente a renovar verbalmente os abonos para o próximo ano", acrescenta.
Para José Cutiño, para se ser empresário "é preciso, sobretudo, ser-se aficionado, mas muito profissional, saber escutar o público, saber o que ele busca e o que quer e apostar sempre nos melhores, nos mais interessantes, nos que têm mais a aportar a um espectáculo e a uma feira, saber dar possibilidades aos que devem tourear amanhã".
Para o empresário, o êxito de Olivença reside "na ilusão": "Na ilusão da empresa, na ilusão do Ayuntamiento, que se deu conta da importância desta feira, na ilusão dos toureiros que querem todos estar nesta praça e vêm para triunfar, dos ganadeiros, de vocês, Imprensa, dos espectadores que vêm de mais de dez países a desfrutar. Graças a tudo isto, colocou-se Olivença e a Extremadura no mapa da Festa Brava".
Questionado já sobre a feira do próximo ano, respondeu Cutiño: "Deixem-me respirar um pouco... Tenho por diante o festival de 'Niño de Leganés' em Badajoz (12 de Abril), onde poderemos rever Ginés Marín com as Figuras do toureio, depois tenho Málaga e a Feira de Badajoz (Junho). Mas já tenho ideias, projectos e linhas mestras para vão tomando forma para Olivença/2015!".
Cutiño refere ainda a intenção de contratar o matador José Tomás para Badajoz e Málaga: "Até agora não posso adiantar nada, mas como aficionado e como empresário, tenho a a obrigação de o contratar. Málaga é uma praça especial para este toureiro e com Badajoz também tem boa sintonia. Espero que toureie nestas duas praças, mas até ao dia de hoje não tenho nada confirmado".

Fotos Gallardo/badajoztaurina.com e Ana de Alvarenga