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"A segunda faena de 'El Juli' no sábado foi das coisas mais importantes que vi numa praça de toiros", considera o empresário José Cutiño |

"Magnífica" - foi assim que o
empresário José Cutiño (na foto ao lado, com Miguel Alvarenga) classificou a Feira de Olivença, que decorreu no último
fim-de-semana e uma vez mais teve fortíssima presença de aficionados
portugueses. Em entrevista ao site espanhol "burladero.es", Cutiño -
que gere há 23 anos a praça fronteiriça de Olivença em sociedade com Joaquín
Domínguez - refere que se tratou de "uma feira com muitos detalhes" e
destaca o êxito das duas novilhadas, "que foram o escaparate de novos
toureiros com coisas para dizer", realçando ainda que "ambas foram
televisionadas, estiveram quase cheias e tiveram a participação de cinco
novilheiros da terra, com o golpe de mesa de Ginés Marín, que pôs o esclafón de
novilheiros de patas arriba".
"Faz falta renovar o escalafón e Olivença
também apostou, há muitos anos, nos jovens, procurando ser o escaparate dos
novilheiros", afirma Cutiño.
Sobre as duas corridas de toiros, José
Cutiño realça "o espectáculo" que constituiu a primeira e destaca o
enorme triunfo de "El Juli" - "Foi das coisas mais importantes
que vi numa praça de toiros, a sua segunda faena é de livro" - congratulando-se pela presença em
Olivença de 80 mil visitantes. "Foi uma feira muito boa e neste ano isso constitui
um brinde ao optimismo que nasce da ilusão", conclui o empresário.
Lamentou o insucesso da última corrida,
mas destacou que "Ponce, Morante e Talavante estiveram bem por cima dos
toiros de Juan Pedro Domecq".
"Mantivemos o número de abonos de há
muitos anos, no sábado ficou gente na rua, muita gente mesmo, sem lugar na
praça e gratifica-nos que no último dia, à saída da praça, no final da última
corrida, já ter havido muita gente a renovar verbalmente os abonos para o
próximo ano", acrescenta.
Para José Cutiño, para se ser empresário
"é preciso, sobretudo, ser-se aficionado, mas muito profissional, saber
escutar o público, saber o que ele busca e o que quer e apostar sempre nos
melhores, nos mais interessantes, nos que têm mais a aportar a um espectáculo e
a uma feira, saber dar possibilidades aos que devem tourear amanhã".
Para o empresário, o êxito de Olivença
reside "na ilusão": "Na ilusão da empresa, na ilusão do
Ayuntamiento, que se deu conta da importância desta feira, na ilusão dos
toureiros que querem todos estar nesta praça e vêm para triunfar, dos
ganadeiros, de vocês, Imprensa, dos espectadores que vêm de mais de dez países
a desfrutar. Graças a tudo isto, colocou-se Olivença e a Extremadura no mapa da
Festa Brava".
Questionado já sobre a feira do próximo
ano, respondeu Cutiño: "Deixem-me respirar um pouco... Tenho por diante o
festival de 'Niño de Leganés' em Badajoz (12 de Abril), onde poderemos rever
Ginés Marín com as Figuras do toureio, depois tenho Málaga e a Feira de Badajoz
(Junho). Mas já tenho ideias, projectos e linhas mestras para vão tomando forma
para Olivença/2015!".
Cutiño refere ainda a intenção de
contratar o matador José Tomás para Badajoz e Málaga: "Até agora não posso
adiantar nada, mas como aficionado e como empresário, tenho a a obrigação de o
contratar. Málaga é uma praça especial para este toureiro e com Badajoz também
tem boa sintonia. Espero que toureie nestas duas praças, mas até ao dia de hoje
não tenho nada confirmado".
Fotos Gallardo/badajoztaurina.com e Ana de Alvarenga