terça-feira, 5 de agosto de 2014

Prótoiro promete agir depois dos incidentes na Praia de Mira

A corrida de domingo na Praia de Mira contou com pouco público nas bancadas e
foi precedida por incidentes com grupos manifestantes anti-taurinos


A Federação Prótoiro tomou ontem posição, através da emissão deste comunicado que a seguir publicamos na íntegra, face aos desacatos provocados por anti-taurinos na corrida toiros que domingo teve lugar numa praça portátil na Praia de Mira (Aveiro). A Prótoiro considera que as autoridades policiais "não levam a sério" estas acções provocatórias e, com essa atitude, acabam "por contribuir para os desacatos" e promete levar a cabo várias acções judiciais contra os grupos extremistas radicais e contra as televisões que têm deturpado as notícias. Uma tomada de posição oportuna - e que se aplaude. Eis o comunicado:

Depois da situação noticiada no dia de ontem (domingo), nas imediações de uma corrida de toiros realizada na Praia de Mira, vimos comunicar o seguinte.
Os actos de cariz violento e provocatório realizados durante algumas manifestações na região norte de Portugal, por um grupúsculo antitaurino extremista, identificado e reincidente, merecem-nos a maior reprovação, por ultrapassarem o direito de manifestação e a livre expressão, sendo acções de provocação e violência sobre os direitos dos cidadãos portugueses.
Este grupo tem reiteradamente estado envolvido em actos similares no centro e norte do país, coordenado por cabecilhas identificados, sendo esta uma situação que merece a urgente atenção policial por atentar contra pessoas e bens, incluindo actos de vandalismo, injúrias e ofensas aos cidadãos que livremente se deslocam a assistir a um espectáculo cultural, as corridas de toiros.
As autoridades policiais continuam a não levar a sério a perigosidade destes grupúsculos, não tomando as devidas medidas para proteger os cidadãos que se deslocam a estes espectáculos, acabando por contribuir para os desacatos que sucederam.
Além das devidas denúncias junto das autoridades policiais, esta Federação irá accionar diversos meios judiciais contra os organizadores destas acções violentas e responsabilizá-los pelos seus actos e mentiras veiculadas junto dos meios de comunicação social.
A notícia realizada pela RTP ultrapassou todos os limites da deontologia, ao nem sequer ouvir algum dos organizadores ou aficionados envolvidos, fazendo uma reportagem exclusivamente com as declarações antitaurinas. Esta situação não passará em claro e iremos também apresentar uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) sobre esta situação.
A liberdade e a legalidade têm de ser respeitadas e defendidas num estado de direito, não havendo espaço para grupos extremistas baseados na intolerância, no ódio e na violência.

Federação Prótoiro

Foto Ricardo Relvas