quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

"Caça às bruxas" no Redondo...

No Redondo anda tudo à procura de quem informou o "Farpas"... uma verdadeira
"caça às bruxas" por termos noticiado a nova formação da Associação
Tauromáquica Redondense
que, pelos vistos, era um "segredo de Estado"...
Domingos Jeremias, cabo dos Forcados Amadores do Redondo (à direita, na foto)
é o "principal suspeito" de ter passado informações ao "Farpas"... Primeiro, não é
verdade; segundo, quem deveria ter comunicado a entrada de novos elementos na
Associação Tauromáquica Redondense... era a própria associação. E não o fez.
Porquê? Não se podia saber? Era segredo? Há alguma coisa a esconder?...

Desencadeou-se no Redondo e, mais especificamente, nas hostes da Associação Tauromáquica Redondense (que gere, por nomeação da Câmara Municipal, a praça de toiros local) uma verdadeira "caça às bruxas"...
Por mais incrível que possa parecer, todos querem saber quem foi a fonte de informação que forneceu ao "Farpas" a identidade dos novos membros que passaram a integrar a Associação Tauromáquica... como se tal informação fosse um segredo de Estado ou a coisa mais secreta deste mundo...
O principal alvo de todas as suspeitas, ao que sabemos, tem sido Domingos Jeremias, o cabo dos Forcados Amadores do Redondo (grupo que foi quem, na verdade, esteve, há alguns anos, na origem da formação da A.T.R.), mas também o conhecido e afamado coudeleiro local João Anão Madureira.
Esclarecemos, para acalmar as hostes, se bem que o estatuto deontológico dos jornalistas deixe bem claro  o direito e o dever de protecção das fontes, que nem um, nem outro, estiveram na origem da notícia que publicámos no último fim-de-semana e que, pelos vistos, tanto sururu motivou na vila aficionada do Redondo.
Mais: que importa quem nos informou àcerca dos novos elementos da Associação Tauromáquica Redondense? Não deveria ter sido a própria associação a fazê-lo? Pretendia manter a entrada de novos membros nos mais absoluto segredo? Que receios e que motivações terão criado esta confusão só porque divulgámos (como é nosso dever) que tinham entrado novos elementos para a Associação Tauromáquica Redondense, que no último ano e depois da demissão do credenciado e prestigiado Miguel Capinha Alves, tinha sido apenas dirigida por José Rilhas e Maria Angélica Palmeiro? Não dizem os estatutos que a Associação Tauromáquica Redondese deveria proceder a eleições de dois em dois anos e apresentar contas anualmente? Isso tem sido cumprido?
Mas há mais: depois de termos também noticiado que a Câmara Municipal (proprietária do Coliseu do Redondo) rejeitara a entrada na comissão organizadora das corridas de toiros (a própria Associação T. Redondense) de algumas "figuras de peso" da aficion local, recebemos um mail de Vitor Pereira dando conta de que Nuno Pereira, um dos novos membros da A.T.R., possui largos antecedentes familiares, pelo lado materno e paterno, ligados ao mundo taurino. Segundo essa fonte, é neto e sobrinho de antigos ganadeiros e criadores de cavalos e de antigos forcados do Grupo de Montemor (António, Joaquim e Francisco Alves), trineto e bisneto de lavradores de Terena e Redondo e actual juiz de Confraria de Nossa Senhora da Boa Nova organizadora da maior romaria alentejana/extremenha e ainda administrador agrícola - o que, insistimos, não implica que não continue a ser, em termos tauromáquicos, um ilustre desconhecido e sem provas dadas na organização de espectáculos taurinos. Ao contrário da maioria dos nomes "vetados" pela autarquia e que eram, esses sim, figuras de peso e de alto prestígio entre a aficion redondense.

Fotos D.R. e Karla Karapinha