Os “Sangre Ibérico”, revelados ao público na última edição do “Got Talent Portugal”, actuarão no próximo dia 25 no Campo Pequeno, antecedendo a 52ª Corrida da RTP.
Constituindo um dos mais interessantes projectos musicais surgidos em Portugal nos últimos tempos, são fortemente influenciados pelo flamenco, e pelo fado. Unem Portugal e Espanha na transformação de fados, e de música tradicional portuguesa, em rumbas flamencas, para além de escolherem, e arranjarem temas originais, e também em castelhano.
Servidos por músicos de excelência, possuem um dos melhores guitarristas do género a tocar em Portugal, e uma voz única, numa mistura de rouquidão, sensibilidade, alma e timbre. Os “Sangre Ibérico” são nesta altura apontados como uma das maiores revelações da música portuguesa, tendo já assinado um contrato de três anos com uma das maiores editoras do mundo, a Sony Music, e esperam-se para breves novidades ao nível discográfico.
Formaram-se em 2014, inicialmente só com voz e guitarra, André Amaro, e Alexandre Pereira, Cajon. Deram o seu primeiro concerto a 5 de Julho de 2014 em Vila Franca de Xira. Em Setembro de 2015, conhecem o terceiro elemento, Paulo Maia, o guitarrista que procuravam, para dar o toque final ao projecto ambicionado. Os três jovens têm idades compreendidas entre os 21 e os 26 anos.
André Amaro, voz e guitarra, estranhamente só começa a cantar aos 20 anos, e foi a surpresa geral daqueles que inicialmente o escutaram, ficando desde logo impressionados com as qualidades vocais demonstradas. Sendo oriundo da Aldeia do Bispo (Sabugal, Guarda), sempre teve intenso contacto com a raia espanhola, o que se traduz agora num castelhano perfeito, que em muito beneficia as suas interpretações.
Alexandre Pereira vem de Vila Franca de Xira e o meio onde nasceu, e cresceu, despertaram-no para a música flamenca. Tendo desde muito novo começado a tocar, e a interessar-se pelo “Cajon”, é hoje um dos mais interessantes executantes deste instrumento.
Paulo Maia foi o impulsionador da participação no “Got Talent Portugal”, decisão que tem vindo a revelar-se a mais acertada que o grupo tomou, pois as intenções iniciais do Guitarrista eram, exactamente, as de poderem publicamente, e num programa de enorme visibilidade, mostrar o seu talento, o que veio a confirmar-se. É natural de Setúbal e desde novo assistia a momentos musicais com indivíduos de raça cigana, aí começando o seu interesse, quer por este género musical, quer pela guitarra clássica. Acreditando no seu sonho, ruma a Barcelona para aprender a tocar o instrumento por que se apaixonara. Volta mais forte, mais capaz e sobretudo muito melhor executante.
E estes são, e assim se formaram os “Sangre Ibérico”, provavelmente o melhor projecto musical surgido em Portugal nos últimos tempos!
A actuação dos “Sangre Ibérico” antecederá (21h45) a corrida na qual participam os cavaleiros António Telles, Luis Rouxinol e Marcos Bastinhas e os grupos de forcados amadores de Santarém e do Aposento da Moita capitaneados, respectivamente por João Grave e José Maria Bettencourt, que se estreiam no Campo Pequeno, na chefia dos respectivos grupos. Será lidado um imponente curro de toiros de Murteira Grave.