terça-feira, 17 de julho de 2018

Luis Rouxinol esta 5ª feira no Campo Pequeno: "Para desafios frente ao toiro... podem sempre contar comigo!"



O cavaleiro Luís Rouxinol é um dos grandes nomes do toureio a cavalo da transição do século XX para o século XXI. Tem 31 anos de alternativa (Santarém 10 de Junho de 1987), mas a sua apresentação ao público ocorreu com apenas 9 anos de idade, na praça de toiros de Paio Pires.
Herdeiro do sonho de seu pai, Alfredo Vicente, que era ser cavaleiro tauromáquico, Luís Rouxinol transmitiu a sua realidade ao filho Luís Rouxinol Júnior, a 20 de Julho de 2017, quando lhe concedeu a alternativa no Campo Pequeno.
Na próxima quinta-feira, 19 de Julho, Luís Rouxinol regressa ao Campo Pequeno, alternando com Filipe Gonçalves e Francisco Palha, ante um curro da ganadaria Pinto Barreiros, na corrida Concurso de Pegas que este ano reúne em competição os grupos de forcados Amadores do Ribatejo, Chamusca e Cascais.
A apenas dois dias da grande noite, Luis Rouxinol fala do seu regresso a Lisboa nesta temporada de 2018.

- Que balanço faz da primeira metade desta temporada?
- O que vai da temporada de 2018 tem sido de sobremaneira positivo para mim, pois toureei corridas importantes e lidei toiros importantes. Corridas duras, sem dúvida, mas no fim de contas, fico com uma sensação de dever cumprido, já que dei a volta às situações e considero que estive bem. A este propósito destaco duas corridas: A do Colete Encarnado, em Vila Franca, com um toiro Palha, daqueles para aficionados a sério. Foi um toiro duro e exigente, mas que me proporcionou momentos de toureio muito bons e que o público soube entender e valorizar. A outra foi a deste domingo, em Moura, com um curro de Veiga Teixeira, duro e difícil. O público sentiu isso e voltou a estar comigo. Espero que seja assim até ao final da temporada.
- Como encara a sua vinda ao Campo Pequeno, na próxima quinta-feira?
- É sempre um grande aliciante e um grande desafio vir tourear ao Campo Pequeno, praça que tem enorme significado para todos os aficionados e para todos os toureiros, como tem para mim em especial. É uma praça que está associada a grandes momentos da minha carreia. Daqui já saí em ombros e foi também aqui que concretizei um dos maiores sonhos que um "pai toureiro" pode ter em relação a um filho, ou seja, vir à primeira praça do país conceder-lhe a alternativa. Tal aconteceu há um ano. Celebrar esta efeméride é outro aliciante para a minha actuação de quinta-feira. E, claro, uma outra: contem comigo para dar tudo por tudo e ser o triunfador da corrida pois, para desafios frente ao toiro…podem sempre contar comigo.
- Quais são as suas expectativas quanto ao curro de Pinto Barreiros?
- Toiros do tipo dos Pinto Barreiros são daqueles que trazem emoção e fazem falta à Festa, pois são toiros que, pelo seu encaste, transmitem muito ao público. Já vi as fotos e está um curro imponente, com um trapio excepcional. Uma corrida para aficionados, com um cartel com vários aliciantes. Bom montado, em resumo.

Antes da corrida exibir-se-á a Marcha da Mouraria com 50 participantes, entre marchantes e músicos (“Cavalinho").

Fotos Frederico Henriques/@Campo Pequeno