"Agora os toureiros têm mais medo do empresário do que do toiro" - palavras do mítico matador Curro Romero numa grande entrevista ao jornalista Albero García Reyes no site do jornal "ABC"/Sevilha, abcdesevilha.es.
Curro Romero cumpre amanhã o 60º aniversário da sua alternativa, recebida nas Fallas de Valência a 18 de Março de 1959, apadrinhado por Gregório Sánchez com o testemunho de Jaime Ostos - e o jornalista recorda que em sessenta anos houve "seis Papas em Roma, um Caudillo e dois Reis em Espanha e só um Faraó no toureio".
"Com os toiros de hoje eu não tinha sido toureiro. Eu não vacilava. Tentava-o, via as dificuldades que tinha e se não podia encontrar a harmonia, então... nada. Com o toiro com que tinha que lutar, poder com ele, o que fazia era colocá-lo para o matar. Dois ou três passes por baixo, de pitón a pitón e entrar a matar. Assim vinham as broncas que vinham. Mas eu fazia-o porque tinha, afortunadamente, carácter, personalidade. Por isso se formava o lio que se formava, mas a gente quando saía da praça não saía aborrecida. Chamavam-me tudo: 'Cabrão, medoroso!'. Mas no dia seguinte iam ver-me outra vez...", afirma.
Foto J. M. Serrano/@ABC/Sevilha
