Leal Sebastián, de 20 anos, apresentou-se em público em Setembro do ano passado no México e este fim-de-semana debuta em Portugal na praça de Vila Franca na tradicional Garraiada da Sardinha Assada |
Ontem no Campo Pequeno: Leal Sebastián, Miguel Alvarenga, o Maestro Joselito Ruiz e António Maria Brito Paes |
Joselito Ruiz e Leal Sebastián fotografados ontem à noite na porta grande do Campo Pequeno |
O jovem rejoneador mexicano com o Maestro João Moura, Manuel Telles Bastos e António Maria Brito Paes |
Leal Sebastián com seu pai, João Freixo e seus filhos, a quem os une uma grande amizade |
Joselito Ruiz toureou como matador até 1995, passando depois a actuar como rejoneador |
A alternativa de matador de toiros de Joselito Ruiz em 23 de Outubro de 1988 em Monterry, apadrinhado por Eloy Cavazos com o testemunho de Curro Rivera |
Leal Sebastián é o jovem rejoneador mexicano que este fim-de-semana fará a sua estreia em Portugal actuando na tradicional Garraiada da Sardinha Assada na praça de Vila Franca, pelas Festas do Colete Encarnado. Tem 20 anos, é filho do matador de toiros e também rejoneador Joselito Ruiz e estreou-se em público em Setembro do ano passado no México
"É uma grande ilusão e uma grande importância para a minha ainda jovem carreira de rejoneador apresentar-me em Portugal numa praça com a categoria da de Vila Franca e num festejo tão tradicional como a Garraiada da Sardinha Assada", diz Leal Sebastián, que no dia 8 de Setembro do ano passado toureou pela primeira vez em público no México na praça de San Nicolas de Carretas, onde alternaou com os matadores Enrique Espinoza "El Quate", a colombiana Rocio Morelli e José Daniel Ayala, saindo em ombros.
"Toureei mais quatro corridas de toiros no México e já este ano participei em Alcácer do Sal na festa dos Forcados de Montemor, mas a minha estreia em praça em Portugal vai ser este fim-de-semana em Vila Franca", acrescenta.
Leal Sebastián é filho do antigo matador de toiros Joselito Ruiz, que o acompanha neste estreia no nosso país. Natural de Cadereyta, Monterrey, Nuevo León, Joselito Ruiz apresentou-se na Monumental do México como novilheiro a 29 de Novembro de 1987 e a 23 de Outubro do ano seguinte tomou a alternativa de matador de toiros em Monterrey, apadrinhado por Eloy Cavazos, com o testemunho de Curro Rivera, frente a toiros de Las Huertas.
Em 1995 despediu-se como matador e passou a actuar no ano seguinte como rejoneador, à semelhança do que se passou com outros matadores mexicanos de nomeada, casos de Carlos Arruza e de Enrique Fraga.
"Toureei como matador com todas as grandes figuras do meu tempo e enfrentei mais de duzentos toiros. Depois, quando me retirei, procurei arranjar uma forma de continuar ligado a este festa que eu amo e passei a tourear como rejoneador. Ainda hoje participo em alguns festivais", recorda Joselito Ruiz.
E conta:
"O meu filho já nasceu quando eu era rejoneador e desde muito pequeno começou a andar a cavalo e apaixonou-se também por esta arte. Há três anos, pela nossa grande amizade com a família Barata Freixo, veio para Portugal e tem passado cá umas temporadas a ver corridas e a aperfeiçoar-se. Este ano está com o cavaleiro e também nosso bom amigo António Brito Paes e surgiu esta oportunidade de se apresentar em Vila Franca. Na próxima segunda-feira regressamos ao México, onde o Leal tem algumas corrida neste mês de Julho, mas voltaremos se aparecerem mais oportunidades".
Leal Sebastián já assistiu nos últimos anos a diversas corridas em Portugal e confessa a sua "grande admiração pelos cavaleiros portugueses".
"Portugal é a grande pátria do toureio a cavalo e poder apresentar-me numa praça como a 'Palha Blanco' é um motivo de grande orgulho para mim e para a minha carreira", afirma o jovem rejoneador, que utilizará neste seu debute cavalos de António Brito Paes.
Na Garraiada da Sardinha Assada, há muitos anos um dos mais típicos espectáculos da temporada nacional, Leal Sebastián vai repartir cartel com os jovens cavaleiros lusos Marcos Santos, Érica Correia e Marco Tomás e os Forcados de Vila Franca, frente a novilhos de António Valente.
Fotos D.R., Landin Miranda e José Amador Pelayo Leal