terça-feira, 15 de novembro de 2022

António Nunes "em guerra" com a IGAC depois da polémica na Golegã

Depois de no sábado passado ter batido os pés aos inspectores da Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) que estavam de serviço na corrida realizada na Golegã em praça portátil (a última da temporada), utilizando a aparelhagem sonora para declarar que o rejoneador Andrés Romero (por si apoderado) não lidaria o segundo toiro do seu lote se não fosse autorizada a presença na trincheira dos elementos do seu staff, o empresário António Nunes promete agora muita polémica e a situação ainda vai dar muito que falar...

António Nunes encarregou o seu escritório de Advogados de "passar a pente fino o Regulamento do Espectáculo Tauromáquico", documento que foi promulgado em 5 de Maio de 2014 pelo então Presidente da República Prof, Cavaco Silva e referendado em 8 de Maio do mesmo ano pelo então Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho.

As novas regras sobre quem pode e quem não pode estar nas trincheiras (e que tanta celeuma têm causado no que aos fotógrafos diz respeito) constam de um despacho do inspector-geral da IGAC, mas, segundo defende António Nunes, "são ilegais porque não estão regulamentadas, não estão publicadas em 'Diário da República', nem foram promulgadas pelo Presidente da República".

"Enquanto essas pretensas alterações ao Regulamento Tauromáquico não estejam devidamente regulamentadas e publicadas em 'Diário da República', constituem um mero despacho que ainda não é lei e que por isso os inspectores da IGAC não podem exigir que se cumpram", afirma António Nunes.

"Enquanto for apoderado do rejoneador Andrés Romero ou seja de quem for, irei defender sempre em primeiro lugar os interesses do meu toureiro. Doa a quem doer" - garante o empresário.

E promete agitar as hostes nos próximos tempos!

Foto M. Alvarenga 


O Regulamento do Espectáculo Tauromáquico foi 
promulgado em Maio de 2014 pelo então Presidente
da República Prof. Cavaco Silva e as "novas regras"
impostas pela IGAC ainda não foram regulamentadas
nem publicadas em "Diário da República"