Paulo Pessoa de Carvalho, presidente da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos, foi ontem obrigado pelos seguranças da empresa a abandonar as instalações da praça de toiros do Campo Pequeno depois de uma cena caricata com o director-geral João Gonçalves. E não lhe facultaram o caderno de encargos do concurso. Os deuses devem estar loucos...
Viveu-se ontem na sala de reuniões da praça de toiros do Campo Pequeno uma verdadeira e lamentável cena "de faca e alguidar" que envolveu o presidente da APET e ex-presidente da Federação PróToiro, Paulo Pessoa de Carvalho e o director-geral da empresa de Álvaro Covões, João Gonçalves. Foi o primeiro incidente de um concurso para adjudicação das seis datas das corridas de toiros de 2020 - que parece estar a decorrer sob grande tensão e sem a normalidade que estes actos costumam ter.
Até ao momento, já vários empresários levantaram o caderno de encargos estipulado pela empresa Plateia Colossal, entre os quais Ricardo Levesinho, Rafael Vilhais, Luis Miguel Pombeiro, José Luis Gomes, Ferreira Paulo/José Luis Zambujeira, Margarida Cardoso (Toiros & Tauromaquia) e Rui Gato Rodrigues.
Ontem, Paulo Pessoa de Carvalho terá sido impedido de levantar o caderno de encargos, ao que sabemos, por não ter apresentado a declaração da ausência de dívidas às Finanças e à Segurança Social. O presidente da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos considerou que tais documentos só deveriam ser entregues com a proposta, se se decidir a apresentá-la - e não no momento do levantamento do caderno. Por assim não o entender a funcionária da empresa que o atendeu, Pessoa de Carvalho terá pedido para falar com a advogada da Plateia Colossal, a fim de esclarecer essa situação.
Mas quem apareceu na sala acabou por ser João Gonçalves, o director-geral da empresa, tendo-se então travado "uma troca de palavras maia azedas entre os dois". Gonçalves terá ordenado aos seguranças da empresa que "pusessem na rua" o empresário e antigo forcado. E assim aconteceu. Paulo Pessoa de Carvalho acabou por ser obrigado a abandonar o escritório e João Gonçalves terá mesmo dito que "não o deixava mais entrar ali".
Vários funcionários da empresa assistiram, estupefactos, à cena.
Fotos Maria Mil-Homens e D.R.