terça-feira, 10 de agosto de 2010
"Bronquite" (II): o que é preciso ser feito para haver novilhada em Lisboa
O que pode e deve ser feito para que a IGAC autorize o espectáculo da próxima quinta-feira no Campo Pequeno?
Passamos a explicar, segundo nos foi adiantado por fonte da Inspecção-Geral das Actividades Culturais:
1º - A empresa terá que proceder à feitura de novos cartazes e nova publicidade anunciando o espectáculo como "novilhada" e não como "novilhada popular" - a não ser que altere por completo o cartel (o que será menos provável), substituindo os quatro novilheiros anunciados por outros tantos novilheiros praticantes, o que de qualquer forma implicaria na mesma a feitura de novos cartazes.
2º - Para manter os quatro novilheiros anunciados, passando o espectáculo a denominar-se "novilhada", a empresa terá que substituir um dos cavaleiros praticantes anunciados (Martins ou Prieto) por um cavaleiro de alternativa.
3º - No caso de pretender, por compromissos certamente assumidos com ambos, manter no cartel os dois cavaleiros praticantes, a empresa terá que contratar mais dois cavaleiros profissionais (porque o número de profissionais não pode nunca ser inferior ao de praticantes), passando assim o espectáculo a ser de oito toiros (novilhos) e não de seis.
A IGAC aguarda nas próximas horas uma resolução da empresa do Campo Pequeno - de outra forma, não autorizará a realização do espectáculo desta quinta-feira.
O caso não é inédito: em Maio passou-se exactamente a mesma situação na Moita, na novilhada de sábado, onde o cavaleiro praticante Marcelo Mendes "caíu" do cartel por imposição da denominação legal do espectáculo, sendo substituído pelo profissional Gilberto Filipe.
Foto D.R.