Ainda prossegue os seus trâmites na Justiça peruana o caso do sequestro e assassínio do jovem matador de toiros espanhol José Tomás Reina Rincón, ocorrido em Julho de 2002. O toureiro, nascido em Ciudad Real, tinha 22 anos, toureara em Lima (Perú) e desapareceu em 2 de Julho de 2002 do hotel em que estava hospedado. Foi encontrado morto, uma semana depois, na famosa praia de Waikiki, no distrito de Miraflores, apresentando o cadáver fortes contusões na cabeça.
Os assassinos do toureiro foram identificados e eram todos polícias: o Supremo Tribunal de Justiça do Perú condenou Luis Lau Urbina e Roberto Quevedo a 30 anos de cadeia por autoria de rapto, assassínio e roubo, Miller Ramos Pachas a 15 anos por cúmplice e Moisés Cajas a sete anos de cadeia como co-autor da morte e sequestro de Reina Rincón.
Pai de um filho ainda menor, é em nome dessa criança, herdeiro do falecido matador de toiros, que o advogado José Baltazar Plaza exige agora ao Município de Miraflores, onde o crime ocorreu, uma indemnização de um milhão de dólares, pela "responsabilidade civil do ocorrido". O Município recorreu, alegando não ter qualquer responsabilidade, uma vez que os agentes policiais condenados pela morte do toureiro não tinham contrato com a edilidade, mas sim com uma sociedade civil de um município vizinho.
O Tribunal de Primeira Instância de Lima condenou o Município de Miraflores ao pagamento de uma indemnização de cerca de 200 mil euros, mas o advogado do filho de Reina Rincón também apresentou recurso dessa sentença, considerando que a quantia "pode ser aumentada".
A decisão final (sentença) ocorrerá dentro de um mês e meio.
Foto D.R.