segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pablo Hermoso conferencista em Almeria



"Há muita gente que tira valor ao toureio a cavalo. É certo que tem menos riscos físico, mas é muito mais complicado e delicado porque temos que 'pôr de acordo' os dois animais" - palavras de Pablo Hermoso de Mendoza na semana passada na Universidade de Almeria (Espanha), onde foi conferencista no ciclo III Aula Taurina.
O Nº 1 do Rejoneio Mundial revelou que dedica "entre oito a dez horas por dia" à preparação dos seus cavalos, explicando que "se eles não chegam bem preparados à praça, eu não sou nada".
Sobre a crise e o momento actual, Pablo Hermoso considerou que "se vive uma realidade de honorários e exigências que não correspondem ao produto que se está vendendo", explicando:
"No México, sei que chegaram alguns toureiros espanhóis de muito cartel que, nas mesmas praças que eu, meteram menos gente e cobraram mais dinheiro. No entanto, no ano seguinte eles já não voltaram, enquanto que eu sigo tendo as portas abertas, firmando 70 corridas por temporada e com uma procura imensa para tourear em todas as praças. Os outros 'sacaram' uma vez e não voltaram mais, porque ninguém e muito menos os empresários, gosta de perder".
Com mais de 1.900 corridas toureadas e prestes a cumprir 23 anos de alternativa (carreira profissional), Pablo Hermoso não pensa retirar-se tão cedo, mas quando o fizer, gostaria de o fazer ao estilo do seu admirado Curro Romero, ou seja, "tourear apenas entre 10 a 15 corridas por ano e ir mantendo o contacto com o público".
"Sempre fui um privilegiado, porque tive uma vocação absoluta que nunca me permitiu pensar ou fazer outras coisas. A minha ambição não me pediu nada mais. Somente seguir buscando, tratando de descobrir áreas que não domino", explicou o Maestro.

Fotos www.pablohermoso.net/"Farpas"