A praça de toiros de Chinchón (foto), uma das mais antigas de Espanha, é amanhã, sábado, palco do seu 92º festival taurino, também o mais antigo que se realiza no país vizinho.
Município espanhol da Comunidade de Madrid (situa-se a 44 quilómetros da capital), Chinchón é há quase 100 anos cenário deste histórico festival taurino de beneficência, cujo início remonta aos tempos em que o famoso matador de toiros Salvador Sánchez "Frascuelo" ali toureou pela primeira vez em 1871, a favor dos mais necessitados da localidade e em agradecimento pelas atenções que recebeu dos habitantes locais depois de uma grave colhida que ali sofreu em 1863 quando toureava numa capea.
"Frascuelo" toureou ali todos os anos a favor dos pobres, até à sua morte. Depois da mudança de século, foi com Marcial Lalanda que começou a história do festival a favor do Asilo de Idosos Desamparados de S. José, que apenas não se efectuou nos anos da Guerra Civil e que ele próprio organizou até ao ano de 1950.
Durante os últimos 92 anos, pisaram a arena da praça de Chinchón as maiores figuras do toureio. Até 1980 foi organizado pelo também matador de toiros Júlio Aparício, depois pelo rejoneador Manuel Vidrié e posteriormente por Júlio Aparício (filho).
Actualmente, é o festival taurino mais antigo de Espanha e continua a ser anualmente organizado a favor das Freiras Clarisas, sempre no mês de Outubro. No festival de amanhã, em que se lidam seis novilhos de Hnos. García Jiménez, actuam o rejoneador Ginés Cartagena, os matadores Uceda Leal, Eugénio de Mora, Miguel Abellán e Morenito de Aranda e o novilheiro Aitor Fernández (cartaz ao lado).
Foto D.R.