Miguel Alvarenga - Não se pode dizer,
infelizmente, que a temporada tenha começado da melhor forma para a directora
do baralhado site que continua sem acertar uma, coitada. A atestar pelo que
revelou nos seus segredinhos, o organizador dos fantásticos festivais de
Mourão, Dr. Joaquim Grave, deixou-a à porta, não lhe facultando o acesso
gratuito à praça, alegando mesmo que assim procedeu "porque quis" -
ou, melhor, "não quis" dar-lhe entrada...
Para quem se autoproclama a dona indiscutível
da verdade - e da força, diz a madame... - há que reconhecer que os inúmeros
anti-corpos que foi criando nos últimos anos se mantêm vivos e bem vivos, para
mal dos seus pecados - e notaram-se logo no primeiro festejo do ano...
Mas ela insiste, coitada. Não pensa. Não
sabe. E afunda-se cada vez mais. Tenho pena, muito sinceramente. Tenho pena
que, afinal, nada de bom do que lhe tentei ensinar tenha conseguido aprender...
Ontem, nos segredinhos, voltou, salvo
seja e com o devido respeito, a meter a pata na poça - e de que (triste)
maneira, Deus meu!
Por entrelinhas e meias palavras (que
pensa saber escrever), insinuou, apenas e só, que Rui Bento joga com
influências quando traz toureiros ao Campo Pequeno.
Por (supostas) meias insinuações, quis
afirmar que a vinda do matador "Finito de Córdoba" ao Festival
L.Vida, no próximo dia 27, quando estavam para vir outros (que ela diz que
sabe, mas não sabe, que estavam para vir...) teve apenas a ver com o facto de o
toureiro ter "um apoderado dos poderosos"(refere-se e além de se referir, escreve-o... a Simón Casas), que, entre outros poderes,
acrescenta na sua sábia prosa, "detém a gestão de praças interessantes como Valência e
outras" e que "também gere a carreira da rejoneadora francesa Lea
Vicens".
"O que tem isto a ver com o quê? Vá
lá... sei que chegam lá sem que me obriguem a escrever pormenores...",
questiona e insinua a madame.
E chegamos lá, certamente. Não somos
assim tão estúpidos como a pobre escriba imagina. Nem será necessário obrigá-la, credo, cruzes, canhoto, a "escrever pormenores", não vá o Diabo tecê-las, e aqui tecê-las-ia certamente, e afundar-se ainda mais...
O que ela quer dizer é que,
trazendo "Finito" ao Campo Pequeno, Rui Bento poderia ou pretendia
ter depois supostos "contra-favores" do apoderado
"poderoso" Simón Casas, que se poderiam traduzir (dois mais dois...)
em contratações dos seus toureiros, Moura Júnior e Juan del Álamo, para as
praças espanholas que ele gere - era isto, não era?
Ou seja: pôs em causa a idoneidade profissional
- e, mais grave ainda, moral - do gestor taurino do Campo Pequeno. Um dia destes, arrisca-se
também a ficar à porta da primeira praça do país. E seria triste...
Cometeu apenas uma tremenda gaffe. Que
poderia ter evitado na perfeição, caso soubesse o que anda a fazer e a
escrever. Mas não sabe. Bastaria um clique na internet para ficar a par da
realidade: é que Simón Casas deixou de ser apoderado de "Finito de
Córdoba", depois de terem estado três anos unidos, em 29 de Outubro de
2015 (ano passado)...
E por isso...
Moral da história: quando se escreve e
se quer dar uma imagem de seriedade, de verticalidade, até de honestidade, mas
sobretudo de profissionalismo, é importante saber o que se escreve. E do que escreve. Já dizia o outro que "à mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta"...
Fotos D.R. e Juan Pelegrín/las-ventas.com