António Núncio fez este ano a prova de cavaleiro praticante. Há mais um Núncio, mais dois, aliás, que seu irmão Francisco também já toureia de casaca, nas arenas. Considera que “não é fácil acartar com as responsabilidade de levar o nome Núncio às costas”, mas acredita que um dia chegará a ser figura do toureio. No próximo domingo, actua em Évora, a praça onde um dia se estreou seu bisavô, Mestre João Núncio, naquela que será a última grande corrida desta temporada. E na qual será ele próprio quem vai "fechar a porta", toureando precisamente o último toiro da corrida e do ano, como os restantes, da histórica e temida ganadaria Veiga Teixeira.
- É fácil ter o apelido que tem e tentar vingar nas arenas?
- Eu não diria fácil. É diferente, é sempre bom poder levar o nome Núncio às costas! Mas não é fácil acartar com a responsabilidades…
- Fugiu um pouco ao classicismo “da casa”, foi de propósito, António?
- Não foi de propósito, foi de sentimento. Apenas fiz o toureio que levo dentro, que sim, reconheço, foge um bocado à linha da casa. Mas é o toureio que eu sinto. Não quero ser igual a ninguém.
- Chegar a Figura, levar gente às praças - será fácil?
- Não sei, ainda agora comecei... mas não me parece muito fácil, contudo, se Deus quiser, hei-de lá chegar!
- Alternativa para quando? Sente-se preparado?
- Ainda não sei! Ainda não estou preparado, ainda este ano me tornei praticante, é preciso levar as coisas com calma. Vamos dar tempo ao tempo, que o tempo foi sempre o maior dos mestres.
Fotos J. Honrado