segunda-feira, 8 de maio de 2017

A tarde sem história dos cavaleiros ontem na "Palha Blanco"

Francisco Palha atravessa um momento fantástico e foi ontem o cavaleiro mais
destacado em Vila Franca, apesar de ter estado aquém do seu melhor. Lide
regular no toiro de Passanha Sobral, actuação mais sólida e mais constante no
de António Silva
Para quem estava há dois anos sem actuar em arenas portuguesas, esperava-se
muito mais de João Maria Branco. Já o vimos todos muito melhor, antes da
"travessia do deserto" em arenas de Espanha. Ontem na "Palha Blanco", não se
passou nada. Andou, apenas... Deu volta no seu primeiro, ficou entre tábuas no
segundo do seu lote. Enfrentou os toiros do Engº Jorge de Carvalho (de jogo
bom e apresentação notável, o único aplaudido quando entrou na arena) e o de
Sommer (sério, mas que tinha lide e pedia mais do toureiro)
Difícil e complicado, impondo a tal seriedade que tem muitas vezes faltado nas
nossas praças, o toiro de Branco Núncio foi um daqueles que põem tudo no seu
lugar. Salgueiro da Costa esteve desastrado e sem argumentos. Cavalos que se
negaram, cavalos que foram constantemente agarrados. Perdeu os papéis. O
toiro era daqueles que mandam os toureiros para casa. E não fosse ter-se
encastado e ter-se redimido no toiro seguinte, este petardo podia num instante
ter posto um definitivo ponto final na carreira do jovem toureiro de Valada...
João Salgueiro da Costa, que estivera bem e surpreendera pela positiva
em Montemor, acabou por se redimir na lide do codicioso toiro de São Torcato,
último da corrida de ontem em Vila Franca, onde rubricou uma lide emotiva e
com alguns ferros de nota alta. Incompreensivelmente, desta vez o director de
corrida João Cantinho manteve a banda em descanso...

Fotos Carlos Silva e M. Alvarenga