António Telles lidou os toiros de Santiago (mal visto, manso) e de Lampreia (que cresceu ao longo da lide) |
Raça e valor de Luis Rouxinol, que enfrentou os toiros de Calejo Pires (um toiro a fazer lembrar a antiga casta portuguesa e que foi aplaudido mal entrou na arena) e de Monte Cadema, um manso perdido |
A viver uma temporada de total e absoluta consagração, João Ribeiro Telles incendiou no domingo à noite, com as chamas da sua arte e as labaredas do seu valor, a praça de toiros de Moura, onde obteve um triunfo memorável, depois daqueles com que marcou as recentes corridas em Évora e em Vila Franca.
Lidando inicialmente um toiro de Pinto Barreiros que não lhe deu possibilidades de triunfar, destacando-se numa lide esforçada e bem conseguida, foi no último, um toiro fantástico de Maria Guiomar Cortes de Moura (vencedor dos troféus de bravura e de apresentação neste concurso de ganadarias), que João Telles se encastou e desenhou uma lide brilhante e de muita emoção, conquistando o público alentejano e reafirmando, sem discussão, que é já um dos grandes triunfadores desta temporada. Num gesto de solidariedade, quis dedicar esta lide e este grande êxito aos Forcados Amadores de Vila Franca, que no toiro anterior tinham vivido momentos de grande dificuldade. Um Senhor, João Telles!
Os veteranos António Ribeiro Telles e Luis Rouxinol foram autores de lides destacadas, mas sem o brilho desejado. A noite em Moura foi indiscutivelmente de João Telles.
Fotos Fernando Clemente/www.parartemplarmandar.com