Com um sorriso nos lábios e a aficion que o caracteriza, o director de corrida Francisco Calado (antigo cabo dos Forcados das Caldas da Rainha), na foto de cima, no momento em que mandava o cornetim Nuno Narciso dar o toque para que a Banda da Filarmónica Figueirense começasse a tocar, mal Joaquim Bastinhas entrou na arena, este sábado, no Coliseu Figueirense.
Um gesto bonito e louvável de um director de corrida que também quis prestar homenagem ao grande cavaleiro que fazia ali, naquela hora, o seu regresso às arenas depois do grave acidente que sofreu há dois anos e meio e o manteve afastado das lides e do público - que o continua a idolatrar.
Mas a noite do regresso de Joaquim Bastinhas teve também outra grande figura sob os holofotes de todos nós: Rogério Amaro, aos 70 anos, voltava também nesta noite às lides, apoderando de novo o Maestro de Elvas, dez anos depois de se ter afastado por compelo do meio tauromáquico.
Um homem com alma e com História: antigo forcado, ex-cabo dos Forcados Amadores do Montijo e um dos empresários e apoderados que marcaram os últimos anos do século passado. Pela sua seriedade, pela sua aficion, pelo seu profissionalismo e pela forma como, em sociedade com o saudoso "Nené", marcou a diferença e revolucionou a maneira arcaica de organizar e promover espectáculos taurinos no nosso país. Seriedade, nível e classe. Outro regresso que saudamos. Uma dupla que vai fazer de novo sucesso - e escrever a História - a partir de agora.
Já não apoderados, toureiros e directores de corrida como estes!
Fotos Emílio de Jesus