quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Ano taurino arranca amanhã em Mourão com a previsão de um acréscimo de público nas praças

Temporada tauromáquica nacional abre amanhã com um Festival na praça
alentejana de Mourão e o presidente da APET, Paulo Pessoa de Carvalho (em
baixo) prevê um "acréscimo de público nas praças" em 2019

O ano tauromáquico arranca amanhã em Mourão e as previsões para 2019 apontam para um "acréscimo de público", embora mantendo o mesmo número de espetáculos de 2018, cerca de 170.
O presidente da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), Paulo Pessoa de Carvalho (foto ao lado), disse hoje à agência Lusa que o sector prevê um “aumento de público nas praças de toiros", na sequência da “tendência verificada nos últimos dois anos”.
“Este ano, vamos também voltar ao debate contra e a favor das touradas, que tem ajudado as pessoas a definirem-se. Temos sentido da parte dos políticos uma maior facilidade em aclarar aquilo que são as suas crenças e as questões em torno do respeito pela liberdade”, disse.
Pessoa de Carvalho, antigo forcado e também presidente da Federação Portuguesa de Tauromaquia-Prótoiro, prevê que os empresários vão voltar a apostar nos festejos que apresentem “qualidade”, em detrimento dos espctáculos “em grande quantidade”.
“As pessoas procuram, cada vez mais, as coisas boas, as corridas de toiros com qualidade, portanto, a qualidade é obrigatoriamente o caminho”, defendeu.
Segundo o relatório da Inspeção Geral das Actividades Culturais (IGAC), realizaram-se 173 espetáculos tauromáquicos em Portugal continental durante a temporada de 2018.
O arranque da temporada amanhã em Mourão, num Festival Taurino, conta com a presença de quatro toureiros espanhóis, os matadores Pepe Luís Vásquez, Octávio Chacón (triunfador de Madrid) e Román e o novilheiro sevilhano Manolo Vásquez, bem como dos portugueses Nuno Casquinha (matador) e Ana Rita (cavaleira) e dos Forcados Amadores de Monsaraz. Lidam-se novilhos-toiros de uma das mais afamadas ganadarias nacionais, a de Murteira Grave.

Fotos Maria Mil-Homens e Emílio de Jesus