sábado, 21 de setembro de 2019

Barquinha: Moura Jr. marcou uma vez mais a diferença

Imparável e cada vez mais distante, a léguas, de todo o pelotão, João Moura Jr.
voltou ontem a acabar com o quadro e a marcar a diferença
Reaparição de João Salgueiro era o atractivo maior da corrida de ontem na
Barquinha, mas o cavaleiro andou "pouco inspirado" e ele próprio reconheceu
em declarações ao site toureio.pt, que não teve a lide sonhada... Em baixo, o
início do cortejo de gala à antiga portuguesa, que foi pobre e com "menos
elementos e pujança que habitualmente acontece nestas recriações"

João Moura Jr. marcou ontem uma vez mais a diferença na corrida nocturna realizada na recuperada praça de toiros de Vila Nova da Barquinha, vincando a supremacia do seu toureio e a destacada posição que ocupa em relação a todo o pelotão, na dianteira e a quilómetros de distância!
Com uma excelente presença de público que ocupou três quartos fortes da lotação da praça ribatejana, correspondendo ao empenho do novo empresário José Gonçalves, que em boa hora deitou mãos a todo este processo de relançamento de uma praça que parecia adormecida, a corrida de ontem à noite ficou ainda marcada, segundo Hugo Calado no site toureio.pt, por uma boa actuação de Rui Salvador a abrir praça, por uma lide notável de João Moura Caetano e também por um triunfo importante de Miguel Moura no quinto toiro.
João Salgueiro, que reaparecia e era a figura de proa desta corrida de ontem, "não andou inspirado", segundo Hugo Calado e o próprio reconheceu em declarações ao site toureio.pt: "não foi a lide nem o triunfo sonhados, tive algumas coisas e alguns ferros bons, mas não foi aquilo que eu desejava".
Também seu filho João Salgueiro da Costa andou ontem "irregular", não alcançando o triunfo desejado.
Não foram fáceis os toiros da ganadaria Terrón, propriedade do ganadero luso Armando João Moura, dando que fazer aos cavaleiros e aos forcados.
As pegas foram executadas pelos grupos de forcados amadores de Tomar (Fábio Sousa e Gabriel Henriques, ambos à primeira tentativa), da Chamusca (David Silva à segunda e João Narciso à primeira) e do Aposento da Chamusca (Vasco Coelho dos Reis à primeira e Alexandre Mira à terceira).
A corrida era de gala à antiga portuguesa, mas segundo Hugo Calado, o cortejo evocativo das touradas reais do século XVIII "foi pobre, com menos elementos e pujança do que habitualmente acontece nestas recriações".
"Não havia necessidade de o ter feito, porque nada acrescentou ao espectáculo" e "o atraso no início da corrida foi também lamentável e evitável", escreve Hugo Calado.
O director do site toureio.pt lamenta ainda a ausência da imprensa taurina nesta corrida de ontem na Barquinha:
"A imprensa da especialidade, que volta a dar-me razão quando digo que é residual e quase não existe, quase não marcou presença. Bom, na verdade estiveram os órgãos de comunicação social que interessavam. Os blogs e sites, que apenas existem para entradas à borla nos espectáculos, não acharam a corrida relevante, mas também como poucos os lêem não há problema algum".
A corrida foi bem dirigida por José Soares, que esteve assessorado pelo médico veterinário José Luis Cruz.

Fotos Hugo Calado/toureio.pt