segunda-feira, 12 de junho de 2023

Nuno Casquinha salvou a corrida em Arruda


Decorreu em tom morno, com pouco interesse e também pouco público, a corrida mista das festas de Arruda dos Vinhos que ontem se realizou - o matador Nuno Casquinha, que reaparecia após dois anos sem tourear, salvou a tarde com uma grande faena a um belíssimo toiro do Engº Jorge de Carvalho. Bem com o capote, desacertado com as bandarilhas, realizou uma excelente faena de muleta e no final até saíu em ombros!

"Não podia ter sido melhor o regresso de Nuno Casquinha às arenas. Um bravo toiro, que recebeu de capote no centro da arena com uma chicuelina e algumas verónicas. Não esteve acertado com as bandarilhas mas, depois e com a muleta, fez o público levantar-se das bancadas no final de excelentes tandas pelo lado direito ou ao natural, muletazos largos e profundos, mandões, levando ao limite do físico a sua extensão. Muita qualidade, temple e bom gosto numa atuação premiada com duas voltas à arena na companhia da representante da ganadaria, a Engª Raquel Carvalho" - escreveu o crítico taurino António Lúcio no seu site "Barreira de Sombra".

António João Ferreira, homenageado ao início da corrida pelos seus 15 anos de alternativa, não teve toiro para brilhar, apesar de ter estado empenhado e esforçado.

A cavalo, os melhores momentos foram de Ana Batista (com um toiro algo desinteressado, a que deu a volta) e de João Moura Caetano (lide muito templada com o cavalo "Campo Pequeno"). Francisco F. Núncio andou irregular e Ana Rita, que lidou o sobrero por se ter inutilizado o seu toiro, esteve alegre e desembaraçada, como é seu timbre.

Pegaram os forcados do Clube Taurino Alenquerense (Rafael Brás e João Rocha, ambos ao primeiro intento) e de Arruda dos Vinhos (João Costa e Pedro Belmute, os dois à segunda tentativa).

A corrida foi dirigida por João Cantinho, que esteve ontem assessorado pelo médico veterinário Jorge Moreira da Silva.

Fotos Nuno Almeida/@Nuno Casquinha/Facebook