domingo, 21 de outubro de 2018

Mau tempo, chuva... e praça cheia ontem em Vila Boim


Apesar do tempo feio e da chuva que se fez sentir já durante o festival, Vila Boim viveu ontem uma agradável tarde de toiros com as bancadas da praça replectas de aficionados.
O décimo Festival de Beneficência a favor da Paróquia local ficou marcado logo no primeiro novilho-toiro de Romão Tenório por uma lide com a marca ainda hoje inigualável do Maestro João Moura, que fechou com chave de ouro a memorável temporada de comemoração dos seus 40 anos de alternativa.
Ana Batista realizou uma lide de muito bom tom ao novilho de Passanha, com a arte e a classe que a caracterizam e o jovem António Prates evidenciou as habituais ganas de triunfo, arriscando e chegando ao público, evidenciando grande forma e aumentando a expectativa para o encerramento da sua campanha já no próximo domingo, 28, em Évora.
José Maria Cortes Pena Monteiro, dos Amadores de Montemor, pegou com decisão ao primeiro intento o primeiro novilho da tarde. O segundo foi pegado à quinta por Rui Bento, dos Amadores de Évora e o terceiro, com participação dos dois grupos, teve na cara Pedro Santos, dos montemorenses, que consumou à segunda.
Eduardo Dávila Miura desenhou uma faena variada a um encastado novilho de Calejo Pires, deixando o perfume do toureio sevilhano na arena de Vila Boim. O francês Juan Leal enfrentou um novilho de Passanha que se fechou em tábuas e não lhe permitiu luzir-se, lidando depois no final, por simpatia da organização, o sobrero da Sociedade das Silveiras, frente ao qual mostrou os ares da sua graça.
Manuel Dias Gomes pouco toureou esta temporada e lamenta-se que assim tenho sido. Foi o mais brilhante com o capote e com a muleta, frente a um bom novilho da Sociedade das Silveiras, de Manuel Braga, realizou uma faena de muita estética e enorme classe.
O novilheiro espanhol Manuel Perera bordou por fim o toureio frente a um extraordinário novilho de Manuel Veiga, dando o ganadero aplaudida volta à arena com o jovem diestro de Badajoz.
Na direcção do festival, com o acerto usual, esteve Manuel Gama.

Foto Luis Miguel Pombeiro