quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Não tem lógica nem é justo levar a praça de Coruche a concurso



Depois do brilhante - brilhante, mesmo - trabalho desenvolvido nos últimos anos na praça de toiros de Coruche pelos empresários locais Alfredo Tomás e Carlos Travassos (na foto de cima, com João Telles, na tarde da sua encerrona em Junho), não tem pés nem cabeça que os proprietários do tauródromo, a Santa Casa da Misericórdia, a Irmandade de Nossa Senhora do Castelo e o Lar de S. José, a levem agora a concurso. Mas vão fazê-lo.
Acabam de anunciar que a partir de 2 de Janeiro vão levar a efeito o concurso para a adjudicação da praça para os próximos três anos (2020, 2021 e 2022).
Pergunta-se: não seria muito mais lógico e, sobretudo, muito mais justo, questionarem a empresa De Caras Tauromaquia sobre o seu interesse em continuar ou não, dando-lhe primazia em nome do respeito que se impõe pelo trabalho e pela dinâmica com que deram tanto esplendor à sua praça?
E perante esta falta de respeito e esta falta de justiça dos proprietários da praça, alguém acredita que Tomás e Travassos terão vontade de prosseguir um trabalho que desempenharam com tanta aficion e tanta seriedade, se os donos da praça em vez de renegociarem com eles lhes tiram o tapete e os obrigam a ir a concurso?
Já agora: e quem vão ser os empresários taurinos que se irão intrometer e concorrer, também não respeitando o trabalho dos seus companheiros Tomás a Travassos, antes procurando tirar-lhes a praça? Ficarão, certamente, muito mal na fotografia.
Enfim, assim vai a nossa Festarola...

Fotos Mónica Mendes e M. Alvarenga