Última Hora - Esta noite morreu o segundo cavalo de Joana Andrade, vítima de eventuais toxinas na ração ingerida. Ontem morrera o "Poeta", com ferro de Lopes Aleixo e que há quatro anos era o cavalo de saída e de confiança da toureira. Esta noite morreu o "Baptista" (na foto, este ano na praça espanhola de Algemesi), um palomino de ferro Anão, que esta tarde irá para o Instituto Nacional de Medicina Veterinária, em Benfica, para necropsiar (autopsiar). No Instituto encontra-se também para ser analisado o cadáver do cavalo "Fantástico", ferro Armando João Moura, pertencente ao cavaleiro Jorge D'Almeida e que anteontem morreu em Almeirim, depois de ingerir a mesma ração que os cavalos de Joana Andrade.
O "Poeta", conta-nos Joana Andrade, foi "autopsiado" na herdade de João Anão, no Redondo, onde a toureira está estabelecida com a sua quadra, "apresentando graves danos a nível de todos os orgãos internos, o fígado quase que se desfazia".
Mais três cavalos de Joana Andrade estão deitados, sem se levantarem, em estado grave e em perigo de vida, temendo-se idêntico desfecho ao dos outros. São eles o "Manolete", com ferro do Dr. Carlos Ferreira, igualmente na quadra da cavaleira há quatro temporadas, é filho do célebre "Sandokan"; o "Moreno", com ferro espanhol, utilizado de saída, "o meu cavalo das portas gaiolas", refere Joana; o "Urânio", garanhão das éguas de João Anão; e o "Miura", com ferro João Cerejo e que está também neurologicamente afectado, com grandes problemas de locomoção, cavalo que pertenceu alguns anos à quadra do cavaleiro Rui Salvador.
Foto D.R.
