Diego Ventura teve ontem tudo na mão na Plaza México e acabou por perder as orelhas por má utilização do rojão de morte, apesar de ter lidado três toiros e ter tido, por isso, três oportunidades para sair triunfador da maior praça de toiros do mundo. Foi silenciado no primeiro, escutou protestos no segundo e acabou sendo ovacionado no "sobrero" cuja lide fez questão de oferecer ao público. Enfrentou dois toiros de Ranco Seco e o terceiro de Júlio Delgado, desencastados os primeiros, nobre o último, embora a crítica (site opinionytoros.com) o considerasse "anovilhado" e "indigno para qualquer praça".
A corrida ficou marcada pela cornada sofrida pelo matador mexicano Joselito Adame (fotos de baixo) no lado direito do tórax, de 15 centímetros, até à axila, que lesionou músculos. O toureiro, que cortara uma orelha no seu primeiro toiro, foi operado na enfermaria da praça de toiros e transportado depois para o Hospital Ángeles Mocel, na Cidade do México, onde deverá permanecer pelo menos 48 horas sob vigilância e tratamento médico.
O matador José Luis Angelino escutou palmas no seu primeiro toiro (da ganadaria de La Punta, como os restantes lidados a pé), protestos no segundo, após três avisos e novamente protestos no toiro que lidou por Adame e em que voltou a escutar um aviso.
Em tarde de chuva e frio, a Monumental Plaza México, com capacidade para mais de 50 mil espectadores, registou ontem uma fraca assistência de cerca de 10 mil.
Fotos Emílio Méndez/aplausos.es e Tadeo Alcina/burladero.com