Margarida Saldanha, voluntária e membro da direcção da União Zoófila, considerou hoje "um acto de má fé" a pretensa "caridade" da Federação de Entidades Taurinas "Prótoiro", que pretendia oferecer quinhentos quilos de ração à instituição.
"Se não primarmos pela diferença, então não estamos cá a fazer nada. Não aceitamos, porque vem de onde vem", justificou Margarida Saldanha ao "Correio da Manhã" (edição online), considerando que a recusa em aceitar a ração da "Prótoiro" é "uma questão de coerência".
A oferta dos quinhentos quilos de ração foi protagonizada pelo presidente da "Prótoiro", Diogo Costa Monteiro (foto ao lado), que esta tarde se apresentou na sede da União Zoófila, em Lisboa, acompanhado de outro indivíduo. Costa Monteiro considera que a recusa "é mais um exemplo de que em Portugal a causa animal é um negócio".
Margarida Saldanha, por seu turno, acredita que não foi mera coincidência que, no mesmo dia em que decorria um protesto, entre o Campo Pequeno e o Parlamento, dos defensores dos direitos dos animais aparecessem "estes senhores que são a favor das touradas", concluindo que "foi um acto de má fé".
Costa Monteiro considera que não se tratou de "uma provocação" e diz que a U. Z. "só tinha que aceitar e dizer que apesar de ter aceotado, não concorda com as touradas. Os animais não fazem esse tipo de distinção".
Fotos D.R. e "CM"
