Momento da trágica morte de Montoliu há 20 anos em Sevilha (Foto José Manuel Pérez Calvo) |
Manolo Montoliu em 1985 (à direita) com o Maestro "Antoñete", quando formou célebre parelha com Martín Recio (à esquerda) (Foto J. Aráez) |
Ontem, 1 de Maio, como acontece todos os anos, um grupo de familiares e amigos do saudoso bandarilheiro valenciano Manolo Montoliu prestou-lhe homenagem junto à estátua que o imortaliza junto à praça de toiros de Valência, no dia em que passou o 20º aniversário da sua trágica morte na arena de Sevilha.
Bandarilheiro, ao tempo, do matador José Maria "Manzanares" (pai), que nessa tarde de 1 de Maio de 1992 alternava na Real Maestranza com "Niño de la Capea" e Ortega Cano, Manolo Montoliu bandarilhava o toiro "Cabatisto", de 596 quilos, da ganadaria de Atanázio Fernández, que momentos antes derrubara e ferira o cavalo do picador Alfonso Barroso.
Sofreu a cornada fatal mesmo no centro da arena, quando o toiro o colheu de forma brutal com o piton esquerdo e, como mais tarde diria o Dr. Villa, cirurgião da praça, "lhe abriu o coração em dois, como se fosse um livro".
Quando deu entrada na enfermaria já ia morto.
Manolo Calvo Bonichón Montoliu, filho do picador do mesmo nome, era o quinto de uma dinastia de "toureiros de prata" (bandarilheiros). Natural de Valência, tinha 38 anos de idade na tarde em que caíu morto na arena de Sevilha.
Foi um dos melhores bandarilheiros do seu tempo, formando célebre parelha com Martín Recio na quadrilha do também falecido António Chenel "Antoñete". Pertenceu também durante alguns anos às quadrilhas de Vicente Ruiz "El Soro" (às ordens de quem actuou em Portugal algumas tardes, nomeadamente em Salvaterra de Magos num mano-a-mano deste com Vitor Mendes), de Paco Ojeda e de outras primeiras figuras.
Em 2 de Março de 1986, na Feira de La Magdalena, em Castellón, tomou a alternativa de matador de toiros (foto da direita) apadrinhado pelo saudoso Júlio Robles com o testemunho de "Espartaco", mas regressaria poucos anos depois às fileiras dos bandarilheiros.
Na imagem da esquerda, a capa do jornal "ABC", há exactamente vinte anos (2 de Maio de 1992) .
Fotos D.R.