segunda-feira, 25 de junho de 2018

Arronches: valha-nos São João...

Ao início da corrida, a presidente da Câmara de Arronches rendeu emotiva
homenagem à memória do saudoso empresário António Manuel Cardoso "Nené"
na presença de seus filhos Margarida e António José e também do ganadeiro local
Francisco Romão Tenório, que se associou ao acto
João Moura Caetano esteve superior na lide do toiro de Fernandes de Castro
e pouco pôde fazer depois no seu segundo, da ganadaria de seu pai
A contagiante alegria de Marcos Bastinhas, que
esteve em bom nível nesta corrida em Arronches
António Prates cravou o melhor ferro da corrida ao seu primeiro toiro, da
ganadaria Cary. Esteve depois e empenhado, mas sem sorte, no toiro sobrero
de Romão Tenório que fechou a corrida
João Rosa, dos Amadores de Arronches, fez a primeira pega da noite ao
primeiro intento e com excelente intervenção do primeiro-ajuda
Gonçalo Parreira fez a primeira pega dos Amadores de Monforte, ao segundo
toiro da noite, à primeira tentativa e com o grupo a ajudar coeso e bem
Luis Marques (Arronches) pegou o terceiro toiro ao primeiro intento, bem ajudado
pelos companheiros
A quarta pega esteve a cargo do valoroso Luis Aranha (Monforte), à primeira
Manuel Cardoso pegou à terceira tentica o quinto toiro da noite, na última
intervenção dos Amadores de Arronches
A última pega acabou por ser consumada de caras por Ricardo González
(Amadores de Monforte), depois de várias tentativas valentes e determinadas
para o pegar de caras, com o rabejador Pedro Carrilho


Hugo Teixeira - A história da tradicional corrida de toiros por ocasião do São João, em Arronches, realizada na última sexta.feira à noite, é simples e curta.
Resume-se a uma boa prestação de João Moura Caetano no seu primeiro toiro (Fernandes de Castro), destacando-se com o "Xispa"Marcos Bastinhas com as bandarilhas a duas mãos mostrou a sua marca, e o querer; e a vontade de António Prates, que assinou o melhor ferro da corrida perante um astado de Cary.
Na minha opinião estiveram toureiros em praça que demonstraram por vezes entrega, mas nem sempre foram correspondidos pela matéria que tinham por diante.
Se juntarmos a isto o valor dos forcados de Arronches e Monforte perante as adversidades dos dois últimos toiros, ambos com o ferro de Romão Tenório, a história fica praticamente contada…
Tratava-se de um concurso de ganadarias, tendo estado em praça exemplares, por esta ordem, de Fernandes de Castro, José Palha (venceu o prémio de bravura), Manuel Cary (venceu o prémio de apresentação), Paulo Caetano e dois exemplares, como já referi, de Romão Tenório, porque durante o sorteio (vá-se lá saber porquê) retiraram do concurso o astado de Falé Filipe
De realçar que os toiros saíram dispares de apresentação e de comportamento.
Antes do festejo se iniciar foi prestada homenagem por parte do município ao saudoso empresário António Manuel Cardoso “Nené”, marcando presença neste acto os seus filhos, Margarida e António.
No capítulo das pegas a noite nem sempre foi fácil para os dois grupos. Por Arronches foram solistas João Rosa e Luís Marques, ambos à primeira, tendo fechado praça pelos da terra o cabo Manuel Cardoso à terceira tentativa.
Por Monforte foram solistas Gonçalo Parreira e Luís Aranha ao primeiro intento. Já Ricardo González, após algumas valentes e determinadas tentativas para pegar de cernelha, coadjuvado na função pelo rabejador Pedro Carrilho, consumou de caras ao terceiro intento.
Perante cerca de três quartos de casa dirigiu com acerto Marco Gomes, assessorado pelo veterinário Dr. José Guerra.

Fotos Maria Mil-Homens