28 anos de alternativa e um Pontificado sem fim. Na foto de baixo, Enrique Ponce com Miguel Alvarenga e Rui Bento |
28 anos depois de ter iniciado o seu Pontificado, Enrique Ponce diz numa entrevista à revista "Aplausos" que não se sente "estancado nem desgastado, pelo contrário, sinto-me renovado dia a dia".
Sobre o "duelo de gerações" que manteve esta temporada com o jovem matador peruano Andrés Roca Rey, afirma:
"Competição sempre há com qualquer toureiro, mas mais com Roca Rey, que está 'com a erva na boca'. A idade dá exactamente igual, do que aqui se trata é que cada um dê o melhor de si mesmo, aí radica a competição e o aliciante. Este ano viu-se a rivalidade entre dois toureiros, um veterano e um jovem e contrastar essas duas vertentes, a maturidade e o lugar que dá o tempo e as ganas de arrolar e de comer o mundo, foi interessante para todos. Cada um defendeu o seu espaço e a sua posição no toureio em várias tardes, foi uma competição bonita".
Questionado se considera já Roca Rey como uma figura do toureio, afirma Ponce:
"Podemos catalogá-lo como a figura do momento. Para mim, uma figura do toureio não se faz em dois, três, quatro ou cinco anos, há que marcar durante mais tempo, esse, sim, é o meu conceito sobre o que considero uma figura de época. Mas não restam dúvidas de que Andrés vai a caminho de o conseguir, leva pouco tempo como matador de toiros, mas é a figura do momento. Demonstrou-o este ano e também no anterior, leva uma inércia muito importante e tem perfeitamente a capacidade para assumir a responsabilidade do que é uma figura do toureio".
Fotos Arjona e D.R.