Pai de sete filhos, três dos quais foram também matadores de toiros, Emílio Oliva morreu ontem em Cádiz com 81 anos de idade |
Emílio Oliva foi destacado toureiro no seu tempo. Tomou a alternativa (foto de baixo) em El Puerto de Santa Maria em 1962, apadrinhado pelo grande António Ordoñez, com o testemunho de Jaime Ostos |
Com 81 anos de idade, morreu ontem no Hospital Puerto Real, em Cádiz (Espanha) o antigo matador de toiros Emílio Oliva Fornell.
Natural de Chiclana, onde decorrem hoje as cerimónias fúnebres, teve uma longa trajectória como novilheiro até tomar a alternativa em 11 de Agosto de 1962 em El Puerto de Santa Maria (foto ao lado), apadrinhado por António Ordoñez, com o testemunho de Jaime Ostos.
Destacado matador no seu tempo, ombreou com as maiores figuras da época, mas duas fortíssimas cornadas sofridas na Monumental de Madrid, uma delas em 12 de Outubro de 1963, na tarde em que confirmava a alternativa, acabaram por provocar muitas sequelas físicas e apressaram a sua retirada no ano de 1972. Cortou a coleta com 35 anos na mesma praça onde recebera a alternativa, El Puerto de Santa Maria.
Um dos seus maiores triunfos foi a 25 de Abril de 1964 na Real Maestranza de Sevilha, quando cortou três orelhas e saíu em ombros pela Porta del Príncipe, numa tarde em que alternava com Rafael Chicuelo, Andrés Vásquez e o rejoneador Ángel Peralta, frente a toiros de Baltasar Ibán.
Depois de retirado das arenas, participou ainda em alguns festivais e foi director da Escola Taurina de Chiclana. Na sua terra natal, foi este ano homenageado, tendo sido inaugurado um mosaico que perpectua a sua carreira de matador de toiros.
Emílio Oliva era pai de sete filhos, três dos quais foram também matadores de toiros - Emílio, David e Abel - e um novilheiro, Isaac. Tinha ainda duas filhas, Verónica e Asunción. Era casado com Antónia Baro, também falecida em 22 de Maio deste ano, com 74 anos de idade.
Que em paz descanse.
Fotos D.R.