terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Cumprem-se em 2018: 40 anos da aventura madrilena de Paco Duarte

Paco Duarte esta semana com Miguel Alvarenga no seu "Café do Toureiro"
na Avessada (Malveira)
A alternativa de matador de toiros em Chelva (Valência) em 1991
12 de Outubro de 1978, a estreia de Paco Duarte como novilheiro na Monumental
de Madrid. Cumprem-se 40 anos na próxima temporada
Paco Duarte na Monumental de Madrid na tarde em que saíu como sobressalente
no mano-a-mano entre dois "monstros" do toureio, Curro Romero e Rafael de
Paula. Em baixo, no seu café na Avessada, os cartazes do primeiro espectáculo
realizado na praça de toiros da Malveira em 1972, onde se estreou; e do último,
um festival em sua homenagem no ano de 2002

Cumpre-se no próximo ano o 40º aniversário da aventura de Paco Duarte em Las Ventas: o popular toureiro da Malveira, então apoderado por António Silva - um homem que viveu à frente do seu tempo e que descobriu, entre outros, os célebres Muleta Negra e Fernando Guarany - esteve em vigília, dia e noite, vestido de luces, à porta da Monumental de Madrid (foi, até hoje, o único diestro a protagonizar esse feito) a pedir uma oportunidade para ali actuar, o que viria a acontecer a 12 de Outubro desse mesmo ano de 1978 (Dia da Hispanidade), repartindo cartel com António Poveda e Curro Luque, na lide de novilhos-toiros de Jaral de la Mira.
Paco Duarte estreou-se a 15 de Agosto de 1972 no festejo inaugural da desaparecida praça de toiros da sua terra, a Malveira, actuando como único espada ao lado dos então promissores cavaleiros amadores Luis Braizinha, João Moura, Varela Crujo, Brito Limpo e Manuel Jorge de Oliveira e dos Forcados da Tertúlia Tauromáquica do Montijo.
Depois de uma intensa a valorosa campanha como novilheiro em Espanha, tomou a alternativa de matador de toiros no ano de 1991 (27º aniversário no próximo ano) em Chelva (Valência), apadrinhado pelo toureiro francês Michel Lagravére, com o testemunho do espanhol Gregório de Jesus.
Mais tarde, viria a abdicar da alternativa, tornando-se bandarilheiro, profissão que ainda hoje exerce, além de ser apoderado e prestigiado taurino, respeitado e acarinhado em todo o mundo.
No próximo ano, Paco Duarte comemorará os 40 anos da sua aventura madrilena.

Fotos D.R.