quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Chefe de Estado anuncia renovação do Estado de Emergência e afasta hipótese de desconfinamento em Março

O Presidente da República disse esta noite que apesar de ser "tentador defender que é necessário abrir e desconfinar rapidamente", o número de internamentos por covid-19 ainda é "o dobro do indicado por especialistas”, afastando assim a possibilidade de o desconfinamento ocorrer já em Março: "Não se confunda estudar e planear com desconfinar. Desconfinar a correr por causa dos números destes dias será tão tentador como leviano. Todos sabemos que os números sobem sempre mais depressa do que descem".

"A Páscoa é um tempo arriscado para mensagens confusas ou contraditórias. Que se estude e prepare bem o dia seguinte, e que se escolha bem esse dia, sem precipitações para não repetir o que já se conheceu", alertou o Chefe de Estado numa curta mas muito sensata intervenção esta noite.


Devido aos atrasos nas entregas das vacinas, "não haverá provavelmente no próximo mês, mês e meio, tudo o que se quer garantir, desde logo nas escolas", disse.


"Um povo que não conhece a sua História está condenado a repeti-la. Temos a certeza de que se formos sensatos, o pior já passou", terminou Marcelo Rebelo de Sousa.


Este discurso ocorreu na sequência da aprovação pelo Parlamento do diploma que renova o Estado de Emergência até 16 de Março. O Presidente da República considera que se impõe manter o Estado de Emergência para "permitir ao Governo continuar a tomar as medidas mais adequadas para combater esta fase da pandemia" de covid-19, mas pede ao Executivo que "aprove igualmente as indispensáveis medidas de apoio" às famílias e empresas, incluindo moratórias e apoios a fundo perdido.


Este foi o 12.º diploma do Estado de Emergência que o Chefe de Estado submeteu para autorização do Parlamento no atual contexto de pandemia de covid-19.


Foto D.R.