domingo, 31 de outubro de 2021

O fotógrafo estava lá: arrepiante e dramática colhida de Miguel Moura em Évora

Viveram-se ontem na Arena D'Évora momentos de aflição e angústia quando o cavaleiro Miguel Moura sofreu esta arrepiante queda - que felizmente não teve consequências de maior para o jovem toureiro nem para o seu cavalo, saindo ambos ilesos deste acidente. O fotógrafo estava lá! - e aqui fica a impressionante sequência do percalço, captada pela objectiva atenta do nosso repórter José Canhoto (autor, também, das únicas fotos existentes da grave colhida sofrida em 15 de Agosto em Reguengos por António Ribeiro Telles).

A queda ocorreu quando, no momento em que cravou um ferro de palmo na fase final da sua triunfal actuação no quinto toiro da tarde, o melhor do curro enviado pela ganadaria Couto de Fornilhos, o cavalo escorregou na cara do toiro e caiu, arrastando na queda Miguel Moura e ficando ambos à mercê do animal. Só por milagre não aconteceu uma tragédia.

Destaque para a pronta intervenção do valoroso bandarilheiro João Bretes, da quadrilha de Rouxinol, que saltou à arena em auxílio de Miguel Moura e do seu cavalo - como muitos outros intervenientes no espectáculo, incluindo o cavaleiro Luis Rouxinol - e rabejou o toiro, impedindo com esta sua corajosa actuação que o acidente pudesse ter consequências piores. Já no passado domingo, recorde-se, o valente João Bretes saltara à arena na Moita para socorrer um forcado que ficara lesionado numa pega, sendo ele próprio violentamente atropelado pelo toiro e saindo da praça visivelmente maltratado, mas sem ter sofrido nenhuma lesão grave, felizmente. Um toureiro sempre pronto a intervir em auxílio dos companheiros.

Miguel Moura recompôs-se, montou de novo e cravou mais um ferro de palmo, terminando a sua actuação em clima de verdadeira apoteose.

Fotos José Canhoto