Uma semana depois da tragédia vivida pela cavaleira Joana Andrade, que perdeu cinco dos melhores cavalos da sua quadra de tourear, presumivelmente vítimas da ração que ingeriram e que matou também um cavalo de Jorge D'Almeida, continua tudo envolto num estranho silêncio... O que aconteceu, afinal?
Foi ou não foi a ração que matou os cavalos da toureira? Foi outra a causa da morte dos equinos?
Leva assim tanto tempo a conhecer-se o resultado das análises mandadas fazer pela ASAE e pela própria fábrica produtora da ração, provavelmente a principal interessada em apurar a verdade sobre este caso?
Ou será que os resultados já são conhecidos e continuam guardados no segredo dos deuses?...
No passado dia 1, no final da corrida realizada no Coliseu do Redondo, o "Farpas" abordou Joana Andrade e o criador de cavalos João Anão Madureira (ambos na foto), seu apoderado e co-proprietário de alguns dos cavalos mortos e tanto um como o outro apontaram o dedo a uma conhecida empresa produtora de rações, culpabilizando-a pelo sucedido. Mas, sem provas, não haverá um único orgão de comunicação que venha a público reproduzir as acusações da dupla afectada.
"Eu disse o nome da fábrica de rações a todos os jornais e todas as televisões que me abordaram sobre o caso da morte dos cavalos, mas, pelos vistos, todos tiveram medo de a revelar..." - disse-nos a toureira.
Pela parte que nos toca e certamente pela parte dos restantes orgãos de comunicação social, não se trata, obviamente, de medo. Trata-se, sim, de denunciar um assunto melindroso e delicado que nenhum jornalista se arrisca a fazer sem provas concretas na mãos. Joana Andrade tem um blog e uma página na rede social "Facebook" - porque razão não divulga aí o nome da fábrica de rações que, a seu ver, terá causado a morte aos seus cavalos?
Ficamos à espera... É importante e necessário que se saiba quem teve a culpa desta tragédia.
Foto Emílio/Arquivo "Farpas"