Com a "maltosa"
a Golegã
tornou-se impossível
A maioria da maltosa (malta nova) que
vai à Golegã não quer saber de cavalos... nem gosta. Vai porque é finório, vai
porque vai, vai para dizer que foi.
Empatam o trânsito nas ruas e nos
urinóis, chateiam e chateiam-se, penduram-se em tudo o que é casa que dê nem
que seja uma azeitona, bebem qualquer merda e vagueiam durante o dia sem ter
ido à cama, como verdadeiras almas penadas.
O dia passam-no a comentar "as que
comeram", o que beberam e quem estava mais bêbedo ou quem vomitou, ou
ainda quem foi em coma alcoólico para o Hospital de Torres Novas.
De cavalos nem falam, também não
sabem...
Alguns compram bonés, outros compram
verdascas para andar a dar com elas nos amigos.
Vibram com as flamengadas manhosas que
soam dos barzecos e fumam uns "charros".
As miúdas dos 14 aos 18 anos, vulgo
pitas (a maioria com meia mama à mostra) limitam-se a emitir sons que parecem
palavras, diminutivos que parecem marcas comerciais, bebem shots e falam do
"Facebook", de quem adicionou quem, quem fez um like a quem e quem
partilhou o quê, com o que isto não tem que ver com o mundo do cavalo, nem
interessa a ninguém...
Os dinossáurios da feira sentem que há
burburinho, mas não identificam donde vem nem o que lhe dá origem, o Alzheimer
tocou-lhes consoante, mais ou menos..
A maioria dos críticos vai porque lhe
parece obrigatório...
Alguns toureiros não vão, ou para ser
diferente ou porque não têm pachorra... como eu começo a compreender estes últimos...
Enfim, ou isto toma outro caminho ou
então não sei...
A malta vai à Golegã como se fosse para
Paredes de Coura, p'ró Sudoeste ou p'ra Zambujeira do Mar.
E que tal nos dias da feira umas bandas
Rock, nuns terrenos descampados
perto da Golegã?... Pense nisso, Sr. Presidente da Câmara...
Foto D.R.