sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Júlio Robles morreu há 11 anos



Cumprem-se amanhã, 14 de Janeiro, onze anos sobre a morte do Maestro Júlio Robles, vítima de problemas pulmonares, quando se encontra tetraplégico há também onze anos.
Nascido em Fontiveros, Ávila, a 4 de Dezembro de 1951, tomou a alternativa na Monumental de Barcelona em 9 de Julho de 1972, apadrinhado por Diego Puerta com o testemunho de Paco Camino. O toiro chamava-se "Clarinero" e pertencia à ganadaria de Juan Mª Pérez Tabernero.
Confirmou o doutoramento em Las Ventas, Madrid, a 22 de Maio de 1973, tendo por padrinho António Bienvenida e Palomo Linares como testemunha, frente a toiros de Caridad Cobaleda. Saíu em ombros pela "porta grande" da Monumental de Madrid em três ovasiões, 1083, 1985 e 1989.
A 13 de Agosto de 1990 sofreu gravíssima colhida na praça francesa de Béziers, quando lidava o toiro "Timador" da ganadaria de Cayetano Muñoz, ficando tetraplégico. Tinha 47 anos quando morreu num Hospital de Salamanca, depois de onze anos de uma verdadeira e autêntica lição de vida. A foto de baixo ilustra isso mesmo: Júlio Robles já se encontrava imobilizado e numa cadeira de rodas, onde viveu os últimos anos da sua vida.
Tive a honra e o privilégio de o conhecer em sua casa, em Salamanca, nos seus últimos anos de vida, numa célebre e histórica tarde em que estive acompanhado dos Maestros Amadeu dos Anjos, Paco Pallarés, José Maria "Manzanares" (pai) e Rui Bento e do meu companheiro Domingos da Costa Xaiver, defrutando da alegria e do ânimo de um Toureiro que, mesmo tetraplégico, mantinha o amor pela Festa e, sobretudo, pela vida.

Fotos D.R.