"Não é verdade que a corrida projectada para o próximo dia 15 na Malveira tenha sido cancelada por força da nova lei que exige a existência de curros homologados, também, nas praças portáteis" - esclarece ao "Farpas" uma fonte da Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC).
A Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), presidida por Paulo Pessoa de Carvalho, vai ainda hoje emitir um comunicado desmentindo tal pretexto evocado por José Carvalho, o organizador da referida corrida agendada para as festas da Malveira.
A própria APET enviou recentemente uma circular a todos os seus associados na qual dá conta das inúmeras reuniões realizadas com distintas instituições, nomeadamente a IGAC, a Direcção-Geral Autoridade Veterinária (DGAV), a Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) e o Ministério da Agricultura, com o objectivo de "resolver em definitivo e de forma positiva para a tauromaquia" este caso da obrigatoriedade da existência de curros nas praças desmontáveis.
Segundo ficou estabelecido, informa a APET nesse documento enviado aos seus associados, "todos os espectáculos realizados posteriormente a 12 de Agosto em desmontáveis, quando entrado o processo na IGAC até dia 12 de Agosto (convém no limite até dia 11), não será pela IGAC exigida a existência de curros".
Mais informa a Associação de Empresários que "se a IGAC, conforme a lei diz, só fiscalizará esta obrigação a partir de 12 de Agosto, ao não levantar esta exigência a processos que entrem antes desta data, também não garante que haja autarquias que o possam fazer e se o fizerem, uma vez que a inspecção ao recinto compete a estas, a IGAC em nada interferirá".
A corrida que estava agendada para 15 de Agosto na Malveira e onde iam actuar os cavaleiros Rui Salvador, Sónia Matias e David Gomes, não se realizará "por outros motivos", mas nunca por obra e graça desta nova lei que exige a existência de curros, como alega o organizador do espectáculo.
Fotos D.R.