domingo, 1 de abril de 2018

Agradável festival ontem em Serpa

Luis Rouxinol não deixa nunca os seus créditos por
mãos alheias. Actuação de bom nível ontem em Serpa
Raça e classe numa lide ritmada de Ana Batista
A António Brito Paes faltou matéria prima para o êxito, mas valeu o empenho
e o profissionalismo do cavaleiro
Todos estiveram bem, mas se tivéssemos mesmo que eleger um triunfador,
sem dúvida que seria este: Luis Rouxinol Júnior, um caso!
Boas actuações dos grupos de forcados de Cascais e de Beja
Arte e aprumo de Nuno Casquinha, no regresso a arenas lusas depois da
triunfal campanha no Perú
Dois momentos da actuação valorosa do novilheiro Diogo Peseiro


Mendonça Dias - Três quartos das bancadas preenchidas e boas prestações de todos os toureiros e forcados ontem em Serpa no já tradicional Festival dos Bombeiros Voluntários, cujos lucros permitiram dotar a corporação de um novo autotanque para o combate aos fogos.
Faltou este ano a (habitual) presença de uma figura do toureio a pé de Espanha, mas nem por isso o público conisderou de menor interesse o cartel, comparecendo em força neste festejo que ganhou, ao longo dos anos, força e carisma mercê da seriedade e do empenho dos seus organizadores, equipa encabeçada pelo dinâmico José Luis Pires.
Lidaram-se, por esta ordem, novilhos-toiros de Nuno Casquinha (os dois primeiros, lidados a cavalo), de António Raul Brito Paes, Engº Luis Rocha, Ascenção Vaz e Varela Crujo, de apresentação irrepreensível e boa nota no geral, tendo o terceiro, de B. Paes, apresentado maiores complicações.
Luis Rouxinol esteve ao seu nível, que é o mesmo que dizer, em categoria e com o valor de sempre. Ana Batista desenvolveu uma lide ritmada e cheia de classe, como é seu hábito. António Maria Brito Paes não teve a matéria prima desejada para o êxito, mas não defraudou, empenhando-se e esforçando-se com aprumo. Luis Rouxinol Júnior rubricou a lide mais emotiva e que mais chegou ao público, pondo a carne no assador, reafirmando que não anda aqui para ser mais um - já é um caso sério.
As lides a pé estiveram a cargo do matador Nuno Casquinha, acabado de chegar de triunfal campanha peruana, muito placeado e senhor da situação, realizando uma faena valorosa e artística; e do novilheiro Diogo Peseiro, que teve apuntes de grande destaque com o capote e as bandarilhas e depois numa faena bem ligada.
Pegaram sem dificuldades de maior os forcados dos grupos de Cascais e de Beja, por intermédio, respectivamente, de João Galamba e José Tiago, João Silva e Moisés Moura.
O festejo foi dirigido com acerto e a usual competência por Tiago Tavares.

Fotos Mónica Mendes