terça-feira, 3 de abril de 2018

Coimbra: estudantes insistem na realização da Garraiada


Em defesa dos valores democráticos e, acima de tudo, pelo direito de poder escolher, a Garraiada vai realizar-se à margem da Queima das Fitas e pode mesmo regressar a Coimbra. A garantia é do movimento Coimbra dos Estudantes, para quem a volte-face do Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra representa "um ataque a uma academia que se quer inclusiva e respeitadora".
Após a primeira reunião do Conselho de Veteranos, a 21 de Março, foi anunciado que a Garraiada iria continuar inserida na Queima das Fitas, permitindo que a esmagadora maioria dos estudantes em Coimbra pudessem escolher e decidir quanto à sua participam num evento com 115 anos de história.
Era um sinal positivo que o Conselho de Veteranos estava a dar, não sujeitando perto de 20 mil alunos à vontade, quase inquisitória, de 5.500 estudantes, manifestada num referendo marcado por inúmeras irregularidades.
“As manobras de diversos órgãos da academia mostram como todo este processo foi tortuoso e enviesado, não estando à altura dos valores de liberdade da academia de Coimbra, que foram usurpados por interesses pessoais”, defende Ricardo Marques, presidente do movimento Coimbra dos Estudantes, que acrescenta: “Este processo mostrou claramente que há muitos estudantes a quererem a continuação da garraiada, não aceitando uma academia de proibições”.
Perante tudo isto os estudantes irão organizar a Garraiada, num exemplo de liberdade e mobilização cívica pelos valores da academia de Coimbra e por uma universidade para todos.

Foto D.R.