quinta-feira, 5 de setembro de 2019

"Caso Aldeia da Luz": maioral assume culpa e iliba Engº Luis Rocha



Carlos Fernandes, maioral da ganadaria do Engº Luis Rocha (foto de cima), assumiu a culpa do sucedido na recente corrida na Aldeia da Luz, onde toureiros, bandarilheiros, direcção da corrida e um representante da empresa promotora do espectáculo subscreveram um documento onde manifestaram a suspeita de que dois dos toiros da ganadaria, o nº 2 e o nº 5, lidados nessa tarde, já haviam sido corridos.
Em carta enviada à Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide, o maioral e braço direito do Engº Luis Rocha há mais de trinta anos, assumiu as culpas e confirmou que os dois referidos toiros já havia, de facto, saído, enquanto novilhos (há cerca de um ano) num espectáculo popular no Castelo de Monsaraz - como ontem o "Farpas" aqui tinha referido.
Contactado pelo site "touro e ouro", o presidente da Associação Nacional de Toureiros, Nuno Pardal, salientou que apesar de o maioral da ganadaria ter assumido a responsabilidade da ilegalidade cometida, ilibando o ganadero, "é necessário agora que a APCTL tome uma posição sobre o assunto, sobretudo sancionando a ganadaria de alguma forma, sanção essa que, de acordo com os seus estatutos, pode ir de uma simples repreensão até à expulsão da ganadaria".
Pardal alerta ainda para a necessidade de a APCTL tomar medidas para que exista um controlo (que não existe neste momento) das reses bravas lidadas em espectáculos sem interven.ção da IGAC e de médico veterinário, casos dos espectáculos de recortadores, de demonstrações de toureio e de espectáculos populares como, por exemplo, aquele que se efectuou no Castelo de Monsaraz.
Os dois toiros sobre os quais recairam as suspeitas, agora confirmadas pelo maioral da ganadaria, de que já haviam sido corridos, foram lidados na Aldeia da Luz, respectivamente, pelos cavaleiros João Moura Caetano e Manuel Oliveira (praticante).

Fotos Maria Mil-Homens e D.R.