Morreu hoje o escritor chileno Luis Sepúlveda, que desde 29 de Fevereiro estava internado em Oviedo (Espanha), vítima do coronavírus. Dias antes de lhe ter sido diagnosticada a infecção, estivera na Póvoa de Varzim no festival Correntes d'Escritas, a que não faltava nos últimos 21 anos
O escritor chileno, que vivia em Gijón, Espanha, estava internado no Hospital Universitário Central das Astúrias, em Oviedo, onde hoje morreu com 70 anos. Foi o primeiro a ser diagnosticado com covid-19 nas Astúrias.
Antes de ter sido diagnosticado, Luis Sepúlveda deslocou-se ao Sanatorio Covadonga de Gijón, uma unidade hospitalar privada local. No dia seguinte foi transferido para Oviedo, com sintomas de pneumonia que revelariam mais tarde ser covid-19, refere o diário chileno “El Comercio”.
Dias antes de ser internado, o escritor esteve na Póvoa de Varzim no festival Correntes d’Escritas, a que quase não falhou em 21 edições. Com ele viajaram a também escritora e sua mulher Carmen Yáñez e o amigo Miguel Rojo. Nenhum ficou infectado com o novo coronavírus.
No primeiro dia de Março, quando foi noticiado que Luis Sepúlveda estava infectado, o jornal "Expresso" ouviu a organização do festival literário português onde o escritor estivera e recorda hoje na sua edição online que Manuela Ribeiro, elemento da organização, "apanhada de surpresa" com a notícia, dissera: “O Luis já estava bastante constipado quando nos despedimos”.
Na altura, a mulher do escritor assegurava que os primeiros sintomas surgiram depois de terem regressado de Portugal, onde estiveram entre 18 e 23 de Fevereiro.
Que em paz descanse.
Foto D.R.
