O Presidente da República assinou hoje "a segunda, e todos desejamos que a última, renovação do Estado de Emergência" que durará até 2 de Maio. Lá para Agosto/Setembro, conforme a evolução da pandemia, podem voltar os espectáculos ao ar livre, o que inclui as touradas, mas em moldes ainda muito distintos dos de antigamente
Marcelo Rebelo de Sousa disse que a necessidade da renovação do Estado de Emergência se deve à problemática dos lares, à manutenção e auxílio ao SNS e, por fim, para dar tempo e espaço para definir critérios para preparar a abertura gradual da sociedade e da economia.
"Esta renovação está pensada de tal modo que dá tempo e espaço ao Governo para definir critérios, para depois do fim de abril começar a abertura gradual da sociedade e da economia”, acentuou o Presidente da República na sua comunicação ao país esta tarde.
O primeiro-ministro, por seu turno, apontou para o mês de Maio a possibilidade de "as creches reabrirem e de os serviços da administração pública retomarem o atendimento presencial aos cidadãos" e garantiu abundância de materiais de proteção individual no mercado.
Este cenário de levantamento de restrições por causa do combate à covid-19 foi transmitido por António Costa no final do debate sobre o pedido de autorização do Presidente da República de prorrogação do Estado de Emergência por novo período de 15 dias, até 2 de Maio.
O líder do Governo referiu ainda que no final de Maio, princípio de Julho, poderão reabrir, de forma gradual e ainda com medidas de segurança e contenção e distanciamento social, os restaurantes, o pequeno comércio e os barbeiros e cabeleireiros.
Em Julho, se tudo correr bem, poderão regressar algumas actividades culturais como o teatro e outros espectáculos que se realizem em salas de pequena lotação e lugares marcados, com uso obrigatório de máscaras e o necessário distanciamento social entre espectadores.
No que respeita a outro tipo de espectáculos ao ar livre, em que se incluem as corridas de toiros, António Costa não apontou uma meta para o seu regresso, referindo apenas que pode ocorrer "mais para a frente", possivelmente em Setembro ou Outubro, mas ainda em moldes muito diferentes do que aqueles a que estamos habituados, com o uso obrigatório de máscaras e também com a lotação dos recintos (praças de toiros, no caso) limitada.
Foto D.R.