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| João Moura há cerca de uma hora quando abandonava de maca o Hospital S. Francisco Xavier e era transferido para o de Egas Moniz, onde provavelmente passará o fim-de-semana |
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| João Moura ao fundo, na maca, quando saía do Hospital S. Francisco Xavier rumo ao de Egas Moniz, há cerca de uma hora, vendo-se em primeiro plano e de costas o cavaleiro Rui Fernandes |
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| O momento em que a ambulância dos Bombeiros de Monforte que transportava João Moura chegava ao Hospital S. Francisco Xavier |
Última Hora - João Moura deu entrada perto da meia-noite no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, transportado desde o Hospital Distrital de Portalegre numa ambulância dos Bombeiros Voluntários de Monforte, acompanhado por um enfermeiro daquela unidade hospitalar e dois elementos da corporação. À chegada do toureiro esperavam-no em São Francisco de Xavier o seu apoderado Abel Correia e sua Mulher, Rosária, assim como o director do "Farpas" e sua Mulher, Ana de Alvarenga. João Moura, que viera praticamente todo o caminho a dormir, estava bem disposto, embora ainda dorido da queda do cavalo. Satisfeito pela presença dos amigos, gracejou, perguntou a Miguel Alvarenga por "novidades" e lamentou o ocorrido: "Coisas que acontecem, o cavalo escorregou e caí. Não me lembro de mais nada...".
João Moura vinha plenamente consciente, queixando-se apenas de "dores nas costelas". Mesmo assim, sentou-se na maca e depois respondeu sem vacilar às perguntas que lhe foram colocadas pelo enfermeiro que o recebeu. Disse o nome completo, o mês do ano em que estávamos e só teve algumas dúvidas quanto ao dia: "Para aí 20 ou 21, não sei...". Disse também saber que tinha vindo de ambulância do Hospital de Portalegre para Lisboa e a sua maior preocupação era "quando ia para casa". "Não me digam que vou ter que ficar aqui a noite...", repetiu por várias vezes.
Poucos minutos depois de João Moura ter chegado ao Hospital de S. Francisco Xavier, chegou também o Dr. José Cabral, conceituado médico neurocirurgião e antigo forcado dos Amadores de Montemor, entretanto avisado do acidente sofrido pelo toureiro e que ali se deslocou propositadamente para o observar. João Moura foi então levado para dentro do hospital, onde esteve cerca de uma hora em observação. O enfermeiro que o acompanhou trazia o cd da TAC que lhe fora feita em Portalegre e que entregou ao Dr. José Cabral.
Entretanto, visivelmente emocionada e mal refeita das primeiras e alarmantes notícias que tinham sido avançadas pelo canal CMTV, a filha de João Moura, Rita, chegou também ao hospital acompanhada do namorado e do toureiro Rui Fernandes, sua Mulher, Guadalupe (Pi) Caldeira e também do pai do rejoneador Jacobo Botero. Tranquilizada, Rita ficou mais calma, mas não chegava a hora de poder ver o pai. "Fiquei em pânico, porque comecei a receber mensagens a pedir para rezar Avé-Marias pelo meu pai, imaginava mesmo que estivesse muito mal e vim a correr para o hospital", disse.
O Dr. José Cabral abandonava entretanto a unidade hospitalizar, tranquilizando todos: "Não é grave, vamos transferi-lo para o Hospital Egas Moniz, vai precisar de três a quatro dias de repouso, mas estejam tranquilos que não é grave".
Poucos minutos depois, João Moura saíu finalmente e à porta das Emergências, pôde por fim falar com a filha Rita, que o abraçou e beijou, tranquilizando-a: "Não é nada, estou bem". No momento em que era de novo transportado para a ambulância dos Bombeiros de Monforte, João Moura cumprimentou todos os amigos que ali se encontravam, especialmente Rui Fernandes, com quem trocou meia-dúzia de palavras de circunstância, despedindo-se depois de todos. "Bom, até amanhã, isto não é nada, disse-me o Zé Cabral... Vou só ter que descansar", afirmou, procurando ele mesmo tranquilizar-nos a todos.
Agora, os factos que importam: João Moura sofreu um hematoma intracraniano traumático devido à queda, que se espera venha a ser reabsorvido nas próximas 24 ou 48 horas, razão pela qual e como referiu o Dr. José Cabral, terá de estar "entre três a quatro dias em repouso". O toureiro nunca esteve, graças a Deus, "entre a vida e a morte", como garantiam as notícias alarmantes da CMTV, nem tão pouco chegou a correr risco de vida. Também não sofreu, felizmente, nem um AVC, nem um ataque cardíaco, como também chegou a ser noticiado.
Há cerca de uma hora, João Moura deu entrada no Hospital de Egas Moniz, onde amanhã voltará a ser examinado pelo Dr. José Cabral e onde provavelmente passará o fim-de-semana, em recuperação.
Fotos D.R./Farpas
