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| "Manolete" toureou pela última vez em Lisboa em Julho de 1947, um mês antes de ser mortalmente colhido em Linares pelo toiro "Islero" da ganadaria Miura. Tinha apenas 30 anos de idade |
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| Numa das suas anteriores presenças no Campo Pequeno, "Manolete" fotografado no páteo de quadrilhas ao lado do cavaleiro Simão da Veiga |
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| Um mês depois desta sua última corrida no Campo Pequeno, capa do jornal "ABC" anunciando a morte de "Manolete" em Linares, a 28 de Agosto de 1947 |
No ano em que se vai assinalar o 124ª aniversário da inauguração da praça de toiros do Campo Pequeno (18 de Agosto de 1892) e também o 10º aniversário da sua reinauguração depois das obras de recuperação e modernização do espaço, e quando faltam poucas horas para a conferência de imprensa (hoje, ao final da tarde, no Salão Nobre da praça) em que a empresa apresentará todos os pormenores da corrida de abertura desta Temporada Extraordinária, recordamos aqui ao lado aquele que o consagrado jornalista e antigo crítico taurino Manuel Andrade Guerra referiu esta semana na rede social "Facebook" como o que "deve ter sido o mais importante cartel da história do Campo Pequeno", em 3 de Julho de 1947 e onde participou o célebre toureiro espanhol Manuel Rodríguez "Manolete" - que seria mortalmente colhido em Linares um mês mais tarde (28 de Agosto de 1947).
"Manolete", em em ocasiões anteriores havia já pisado a arena lisboeta, toureou nesta derradeira corrida ao lado dos também matadores "Parrita" e Luis Miguel Dominguín (seu rival e que com ele viria também a repartir cartel na fatídica tarde de Linares) e com os cavaleiros João Núncio (anunciava-se que esta era a primeira apresentação nesse ano do insigne catedrático da Arte de Marialva) e José Rosa Rodrigues.
Anunciado como "uma bomba que estoira no coração de Lisboa!", "um cartel histórico" e que "faz pasmar de admiração a população aficionada de Portugal" (forma arrojada, para o tempo, de publicitar e promover uma corrida de toiros), esta corrida contava ainda com a participação dos Forcados de António Matias de Lisboa e lidavam-se 9 toiros de José Infante da Câmara.
Recordar é viver!
Fotos D.R.
