quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Interessante colóquio em Las Ventas sobre a ganadaria Miura

O Maestro Jaime Ostos e o ganadero António Miura
A presidente da Peña "Las Majas de Goya", o matador Manuel Escribano e o
jornalista José Luis Carabias, moderador do colóquio
Um pormenor da assistência e, em baixo, os participantes no colóquio com as
senhoras da Peña "Las Majas de Goya"

Ricardo Relvas (correspondente em Espanha) - Teve lugar na Monumental de las Ventas, em Madrid, mais uma conferência taurina do ciclo organizado pela Peña "Las Majas de Goya", desta vez tendo como protagonista a célebre ganadaria Miura.
O ganadero António Miura comentou que os seus toiros "jamais se esquecem do que deixam para trás" e lembrou um episódio passado em Sevilha com o matador português Vitor Mendes (um dos toureiros que mais Miuras enfrentou), quando ali sofreu uma gravíssima cornada:
"Depois de uma tremenda voltareta, a muleta caíu na cara do toiro e poderia ter servido para fazer o quite, mas o toiro não perdeu o toureiro e infringiu-lhe uma grande cornada no solo, indo por ele e não pela muleta".
Outro dos intervenientes foi o antigo matador Jaime Ostos, que recordou que "sempre toureei os Miuras com a espada verdadeira de matar, porque quando o toiro me pedia a morte, tens que estar preparado".
Também o actual matador de toiros Manuel Escribano salientou que "o olhar de um Miura descompõe. Podem passar muito bem nas primeiras três séries com a muleta, mas à quarta ficam curtos e dizem-nos que a faena terminou...".
O jornalista José Luis Carabias, moderador do debate, confirnou que os Miuras sempre foram assim, "ou tudo... ou nada".

Fotos Ricardo Relvas