quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Homenagens a Júlio Robles esta 6ª feira e no sábado em Salamanca

Júlio Robles ficou tetraplégico em consequência de uma colhida sofrida na praça
francesa de Beziers em Agosto de 1990 e morreu em Salamanca 11 anos depois,
a 14 de Janeiro de 2001, cumpriram-se ontem 19 anos


Realizam-se nesta sexta-feira e no sábado em Salamanca as homenagens à memória do saudoso matador espanhol Júlio Robles - depois de ontem, dia 14, se terem cumprido 19 anos sobre a sua morte.
As homenagens são promovidas pelo Ayuntamiento de Salamanca e pela Federación de Peñas Taurinas de Salamanca.
Na sexta-feira, 17, o jornalista taurino Manuel Molés dará uma conferência no Casino de Salamanca, organizada pela Federação de Peñas Helmántica, intitulada "A última entrevista de Júlio na sua Finca".
No sábado, 18, pelas 13h00, celebrar-se-à a habitual homenagem ao toureiro junto à estátua que o imortaliza nas imediações da praça de toiros La Glorieta.
Júlio Robles morreu há dezanove anos, a 14 de Janeiro de 2001, onze anos depois da grave colhida que sofreu na praça francesa de Beziers e que o deixou tetraplégico.
Como em anos anteriores, a Banda Municipal de Salamanca interpretará vários pasodobles, sendo o acto presidido pelo alcalde da cidade espanhola, Carlos García Carbayo, acompanhado por membros da Corporación Municipal, familiares do saudoso toureiro, outras autoridades e personalidades relacionadas com o mundo da tauromaquia, havendo ainda uma cerimónia religiosa junto à estátua de Robles celebrada pelo padre Constantino García, capelão da praça de toiros local.
Nascido em Fontiveros, Ávila, tinha 49 anos quando nos deixou. Tomou a alternativa na Monumental de Barcelona em 9 de Julho de 1972, apadrinhado por Diego Puerta, com o testemunho de Paco Camino. O toiro do doutoramento chamava-se "Clarinero" e pertencia à ganadaria de Juan Maria Pérez Tabernero.
Depois da alternativa, em Agosto desse mesmo ano de 1972, fez a sua apresentação em Portugal, na praça do Campo Pequeno alternando com Francisco Rivera "Paquirri", com os cavaleiros Manuel Conde e Luis Miguel da Veiga e com os Forcados de Évora, tendo-se lidados nessa noite toiros de Cabral Ascenção.
Confirmou a alternativa em Madrid em 22 de Maio de 1973, com toiros de Caridad Cobaleda, tendo António Bienvenida por padrinho e Palomo Linares como testemunha. Saíu três vezes em ombros pela porta grande da Monumental de las Ventas (Madrid), nos anos de 1983, 1985 e 1989.
O toiro "Timador" da ganadaria de Cayetano Muñoz, colheu-o com gravidade na arena francesa de Beziers na fatídica tarde de 13 de Agosto de 1990, deixando-o tetraplégico. Morreu onze anos depois num hospital de Salamanca, a cidade que o adoptara e onde sempre viveu.

Fotos D.R.