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| "El Cordobés" há 56 anos na tarde em que virou do avesso a Real Maestranza de Sevilha. E, em baixo, em 1980, entrevistado por Miguel Alvarenga para o jornal "O Diabo" no Hotel Zurbarán em Badajoz |
Há 56 anos "El Cordobés" cortou o rabo a um toiro de Carlos Nuñez e criou uma autêntica revolução na Real Maestranza de Sevilha
Foi na tarde de 20 de Abril de 1964, passam hoje 56 anos. Manuel Benítez "El Cordobés" virou do avesso o selecto público da Real Maestranza de Sevilha ao cortar um rabo a um toiro de Carlos Nuñez, saindo em glória aos ombros pela cobiçada Porta do Príncipe.
Don Celes, crítico taurino da revista "El Ruedo" - recorda hoje o site aplausos.es - considerou que em "El Cordobés" "há todo um toureiro de época". "Marca sensivelmente esta que temos e define e realiza toda uma revolução (...) Se Belmonte deu um passo até ao toiro, este deu dois", escreveu.
E descreveu assim as duas faenas do famoso toureiro nessa tarde:
"As duas faenas foram similares e a descrição de uma implica a da outra. Faenas largas, nas quais, apesar disso, não houve nada aborrecido, nem nada que sobrasse. Faenas ligadíssimas, de uma só peça, nas quais a quantidade e a qualidade andaram ao mesmo nível. Faenas de mando. De mando tão perfeito, passando o toiro tão perto, roçando o toureiro sem o atropelar, que o mando quase se faz invisível".
Fotos D.R./aplausos.es e João Carlos D'Alvarenga/Arquivo
