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| Vicente de la Calle tinha 81 anos, era um dos sobreviventes de uma época em que o romantismo predominava nos mundo dos toiros |
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| Vicente de la Calle com seus dois filhos Álvaro (matador) e Juan (moço de espadas) e, em baixo, já de cadeira de rodas, na sua última aparição pública, em Novembro do ano passado, numa homenagem que lhe prestaram em Salamanca |
Morreu Vicente de la Calle, um dos mais emblemáticos taurinos de Salamanca, antigo moço de espadas dos toureiros portugueses José Falcão e Rui Bento Vasques
Aos 81 anos, vítima de prolongada doença que, segundo alguns sites se terá agravado por ter contraído o coronavírus, morreu hoje aquele que foi um dos maus queridos e mais históricos taurinos de Salamanca, Vicente de la Calle - toda uma vida dedicada ao mundo do toiro nas suas múltiplas facetas.
Foi homem de confiança dos empresários Javier e José António Martínez Uranga (Choperitas) e também da Casa Carreño, exerceu durante anos o cargo de motorista do matador Pedro Gutiérrez Moya "Niño de la Capea", que conduziu por todas as estradas de Espanha, França e Portugal rumo às grandes praças. E foi também um dedicado e eficiente moço de espadas do matador de toiros português José Falcão, que "amortalhou com as suas próprias mãos na trágica tarde em que foi mortalmente colhido em Barcelona (1974", recorda o site aplausos.es. Vicente de la Calle foi também moço de espadas de Rui Bento Vasques, de que foi um dos principais e mais importantes apoiantes nos seus inícios e que ele próprio trouxe para Salamanca, onde então o jovem toureiro se radicou e viveu vários anos.
Chegou também a apoderar o matador luso António de Portugal no curto espaço em que este esteve em Salamanca e o último toureiro português que apoderou foi o cavaleiro Francisco Alcaide, quando esteve esteve radicado em Alba de Tormes (Salamanca) nos anos de 1990 e 1991.
Era pai do matador de toiros Álvaro de la Calle e do também conceituado moço de espadas Juan Vicente de la Calle, hoje às ordens do matador Paco Ureña e que em tempos foi moço de espadas do também matador português Vitor Mendes. Foi também empresários tauromáquico ocasional e vedor de toiros no campo, personificava a imagem de uma época em que o romantismo predominava no mundo dos toiros.
A sua última aparição pública (foto ao lado) ocorreu no passado mês de Novembro num acto organizado pela Federación de Peñas Taurinas "Helmántica", em Salamanca, em sua homenagem e também de seus filhos.
Que em paz descanse.
Fotos D.R.
